Acabou por ser o adjunto de Petit a fazer a vez do técnico na zona de entrevistas rápidas da Sport TV, depois de ter visto o chefe de equipa expulso no tempo de compensação, furioso com o que se passou fora das quatro linhas com os apanha-bolas do Estrela da Amadora, que por várias vezes colocaram mais do que uma bola dentro do terreno de jogo, quando a equipa da casa tentava defender o magro 1-0. E foi precisamente esse contexto que lecou Nuno Pereira a dizer com todas as letras que o Rio Ave foi a única equipa a «tentar ganhar o jogo de forma limpa». «Temos entrada muito forte nos primeiros 15 minutos, até à paragem [provocada propositadamente por Bruno Brígido, que pediu assistência médica para que Luís Silva, adjunto do Estrela, fizesse as correções de posicionamento que se estavam a impor], com mais posse de bola, circulação, a criar situações de ataque junto da baliza, mas com essa paragem o jogo quebrou… O jogo na primeira parte resume-se à oportunidade de golo do Estrela numa bola parada», afirmou Nuno Pereira. «Na segunda parte tivemos atitude mais competitiva, fomos mais intensos e rápidos a circular, não houve situações de golo claras, mas pecámos na finalização. Dominámos e foi resultado injusto pela nossa reação, e há que realçar o comportamento dos jogadores. Há que realçar a atitude competitiva e o querer da equipa para reverter a desvantagem no jogo», juntou. «Não estamos assim há tanto tempo sem ganhar fora de casa, hoje não conseguimos porque fomos ineficazes e porque gostamos de jogar o jogo pelo jogo, a respeitar os adeptos e o adversário. Valorizámos mais o jogo e fomos a única equipa que quis jogar e ganhar de forma limpa», disparou, confiante que o Rio Ave, apesar deste desaire, não tardará a atingir o objetivo da manutenção. «Faltam muitos jogos, há muito jogo para ganhar e vamos conseguir os objetivos atempadamente. O Rio Ave vai conseguir o objetivo muito cedo, nem nos passa isso [lutar até final pela permanência] pela cabeça», assentou.