Nottingham Forest bate Wolverhampton de forma clara em duelo de treinadores portugueses

Nuno Espírito Santo derrota Vítor Pereira por 3-0

Dois treinadores portugueses, três jogadores lusos de início e mais dois a saltar do banco. Podia ter-se cantado A Portuguesa no início deste duelo entre Wolverhampton e Nottingham Forest, que culminou com a primeira derrota de Vítor Pereira ao comando da alcateia e que deixou o Forest, de Nuno Espírito Santo, empatado com o Arsenal na segunda posição do campeonato.

Foi, de resto, uma demonstração perfeita daquilo que leva o Nottingham Forest a estar, neste momento, em igualdade pontual com o Arsenal no pódio da Premier League. A equipa treinada por Nuno Espírito Santo colocou-se em vantagem bem cedo, depois dos wolves assumirem, nos primeiros minutos, a vontade de ter posse de bola que se manteve para o resto do encontro. E, tal como foi acontecendo ao longo de toda a partida, foi no contra-golpe que os forasteiros foram mais felizes. Foi logo ao minuto 7 que, numa rápida transição ofensiva, Gibbs-White soltou em Elanga, o extremo devolveu e o criativo atirou a contar.

A desvantagem aumentava a emergência do Wolverhampton, que, minutos depois, viu Larsen a rematar para corte in extremis de Morato e, ao quarto de hora, Rodrigo Gomes obrigou Sels a aplicar-se. A carga de pressão dos pupilos de Vítor Pereira esbarrava uma e outra vez na sólida defesa do Nottingham Forest, que conseguiu ir ganhando metros ainda no primeiro tempo, face à crescente desorganização defensiva que se fazia sentir do outro lado.

Antes do intervalo, vinha mais um balde de água fria para os anfitriões. Tudo porque Doherty deixou que a bola... batesse no chão. Porque ao lado, estava Hudson-Odoi, que não permitiu qualquer reação ao irlandês: correu, correu, correu mais um bocadinho e deixou de bandeja em Chris Wood, que só teve de encostar para, pela 12.ª vez, faturar nesta edição da Premier League.

Este ímpeto do Forest acalmou na segunda parte e, a pouco e pouco, o Wolverhampton foi cercando a área adversária, mas com pouco ou nenhum sucesso e, no último lance da partida, perante o desespero dos homens da casa, um novo contra-ataque deu a Awoniyi o xeque-mate, ao encostar para baliza deserta para fazer o 3-0. Ficam algumas indicações: este resultado deixa os comandados de Nuno Espírito Santo em igualdade pontual na segunda posição da Premier League, com a terceira melhor defesa e a dois golos da melhor, a do Liverpool. Esta foi a primeira derrota para Vítor Pereira, quatro jogos depois de se estrear. E este Wolverhampton já não parece o mesmo que, com Gary O'Neil, parecia na rota certa da despromoção.