Gil Vicente-Arouca, 2-2 Nem Cristo demoveu a crença dos galos (crónica)

Golos do Gil Vicente marcados no tempo extra; Touré e Buatu marcaram após bis do espanhol; Arouca continua invicto contra os galos

Os primeiros minutos estiveram muito concentrados no meio-campo, até que os extremos-direitos de cada equipa começaram a criar os desequilíbrios necessários para agitar o jogo. E aí começou um verdadeiro duelo na cidade minhota. De um lado, um Jason endiabrado que tudo fez para encontrar Rafa Mujica e para que o conterrâneo desse o melhor seguimento aos seus cruzamentos. O número 29 falhou ainda um golo com a baliza escancarada nos primeiros momentos. Do outro, um Murilo calculista que teve três boas oportunidades para marcar nos primeiros 45 minutos, tendo inclusive colocado a bola na baliza adversária, mas o lance a ser invalidado por fora-de-jogo.

Equilíbrio foi a palavra-chave da primeira parte. Já a da segunda parte foi surpresa. Aos dois minutos, os lobos da Serra da Freita estavam a celebrar perante os cerca de 60 adeptos que acompanharam a equipa nesta viagem ao coração do Minho. Isolado, Cristo González deu o melhor seguimento ao cruzamento de Jason, com a defesa do Gil a ver a bola a passar.

Mesmo em vantagem, a equipa de Daniel Sousa não tirou o pé do acelerador e pareceu a mais confiante. Aos 61’, o banco dos gilistas pediu grande penalidade por falta sobre Miro, mas o árbitro nada assinalou.

Os galos voltaram a ver outro golo anulado e até ao apito final, a equipa da casa tentou sair com outro resultado e o destino parecia traçado, isto porque Cristo bisou, num lance com intervenção do VAR e com o Gil a pedir falta no início da jogada.

Acreditar até ao fim. Foi certamente o que pensou Tozé Marreco quando lançou Tidjany Touré, autor dos primeiro golo do Gil em tempo de compensação seguido do de Buatu, quando tudo encaminhava para uma derrota muito amarga e que poderia comprometer os objetivos da temporada.