— Qual a sua opinião sobre Iván Fresneda, lateral direito que o Sporting contratou ao Valladolid?— De momento é prematuro estar a fazer uma análise ao Fresneda, mal chegou ao clube e nota-se que o Rúben Amorim está a ter um cuidado extremo em não metê-lo a jogar à toa. Tem muito para evoluir e, certamente, vai ficar um jogador mais maduro. Está a ser moldado à imagem do treinador, foi feito um investimento avultado, e não é por acaso que é internacional pelas camadas jovens e reconhecido em Espanha, é um valor para o futuro. — Reconhece-lhe qualidades para, a breve prazo, agarrar a titularidade? — O jogo que aí vem, da Taça de Portugal, com o Olivais e Moscavide, será bom para coloca-lo de início e, se possível, durante os noventa minutos. Não só para lhe dar ritmo competitivo, como também para lhe dar moral e mais confiança, este jogo surge em boa altura. Jogando, repito, seguramente que vai ganhando maturidade e adquirir ritmo e entrosamento. — O jogo com a Atalanta acabou por não ser a estreia desejada. O que correu mal?— Foi um jogo extremamente difícil e complicado, em que a própria equipa em si esteve abaixo do que é habitual e, claro, isso ressentiu-se em todos os setores. O Fresneda foi um dos acabou por sentir mais dificuldades, não só porque não estava rotinado com as dinâmica da equipa como também não foi, mesmo, o jogo adequado a ele. — Em que é que o Fresneda precisa de melhorar?— Um jogador só melhora jogando, assim vai conseguindo corrigir aspetos menos negativos e vai-se aproximando daquilo que é pretendido. Quando isso acontecer, de certo, que vai exibir as suas qualidades. Não jogando, isso começa a criar desassossego. Dando o exemplo dos outros reforços do Sporting [Gyokeres e Huljmand], muito mais maduros, entraram na equipa de caras, porque, lá está, já ganharam outro traquejo. — Apelando à sua experiência, que conselho dá ao lateral direito espanhol? —Aconselho-o a estar sereno e trabalhar no duro para agarrar a titularidade. Dou-lhe o meu exemplo, quando cheguei ao Sporting estive quase um ano sem ser opção [n. d. r. em 1991/1992, os titulares eram o brasileiro João Luís e Marinho], depois quando tive oportunidade não larguei a titularidade.