Armando Evangelista, treinador do Arouca, fez a antevisão ao jogo em casa com o FC Porto, na segunda-feira (21.15 horas), referente à 31.ª jornada da Liga. Quer capitalizar a revolta sentida no jogo com o Rio Ave para o jogo com o FC Porto? «Falei porque senti que nesse jogo houve alguma injustiça em relação ao que foi o resultado. Não se trata de revolta, trata-se de querer ganhar e ser competitivo. Este é mais um jogo em que vamos procurar isso mesmo. Não é com revoltas nem com a cabeça fora do lugar que se fará o nosso sucesso, mas sim com o foco naquilo que que é a nossa forma de jogar, a nossa estratégia e a nossa concentração frente a um opositor que nos vai causar muitos problemas.» De que forma preparou a equipa para abordar este jogo com o FC Porto? «Sabemos aquilo que o FC Porto pretende e sabemos aquilo que pretendemos, mas por muito respeito que tenhamos pelo FC Porto, não nos diz respeito aquilo que eles têm para ganhar ou aquilo que eles querem ganhar. O que nos diz respeito é a nossa luta, sabemos o que queremos deste jogo, sabendo de antemão que vamos encontrar das equipas mais intensas deste campeonato. É óbvio que perante as possibilidades que temos de êxito, teremos que pelo menos igualar essa intensidade e ter um foco enorme nas incidências no jogo, pois é um adversário cujo valor nos vai obrigar a ter uma atenção redobrada. Qualquer distração pode levar a que possamos sofrer.» Como está a equipa do Arouca? «O Arouca está bem, a equipa está bem, não é o resultado do último jogo [derrota frente ao Rio Ave] que nos afeta. A equipa está moralizada e é dentro disso que olhamos para este jogo. Temos de acreditar nas possibilidades de poder vencer. É um teste difícil, mas é mais uma possibilidade de podermos demonstrar que não é obra do acaso o nosso 5º lugar.» Espera um FC Porto desgastado pelo prolongamento no jogo da Taça de Portugal, com o Famalicão? «Sinceramente não. Estamos a falar de uma equipa habituada a jogar com diferenças de jogos ainda mais reduzida. A própria gestão do seu treinador, o Sérgio Conceição, acabou por ser uma gestão que não sobrecarregou assim dessa forma a equipa em termos físicos. Dois três jogadores fizeram os 120 minutos, os restantes fizeram à volta de 60 minutos. Gestão feita, jogadores experientes, habituados a jogar num curto espaço de tempo. Por isso, não parece o prolongamento vá ser um fator preponderante para o desenrolar o jogo em Arouca.» Que aspetos pretende explorar para conduzir o Arouca a um resultado positivo diante do FC Porto? «Sabemos da mais-valia individual do FC Porto, da intensidade que coloca nos jogos e da pressão que nos vai fazer. Agora, em termos de estratégia, em termos de espaços a explorar e de atração do adversário, é óbvio que não a posso divulgar, porque iria pôr-me numa situação de desvantagem em relação ao que é a estratégia de jogo, até porque também não acredito que o Sérgio Conceição vá divulgar qual é a estratégia que vai utilizar para tirar mais proveito do jogo com o Arouca. Conhecemos muito bem este FC Porto. Não fomos felizes nos dois jogos anteriores [derrotas no Dragão, 1-5, Liga, 0-4, Taça de Portugal], mas a verdade. Também é que ainda não jogamos na nossa casa com o FC Porto. Queremos mostrar acima de tudo que houve uma evolução do Arouca que defrontou o FC Porto no passado para o Arouca de hoje.» A época do Arouca tem dado visibilidade aos jogadores. Acha que isso acrescenta pressão à equipa? «A nossa preocupação é fazer com que essa pressão extra não se faça sentir. Os jogadores são seres humanos e hoje as notícias chegam rapidamente a todo o lado. Não se consegue esconder uma coisa dessas. Os jogadores são seres humanos, são também profissionais e esse tipo de notícias dever servir como fator de motivação. Os jogos que faltam são mais uma oportunidade de demonstrarem que o que já conseguiram e o seu valor não é obra do acaso.» Para o encontro com o FC Porto, Armando Evangelista tem algumas limitações. Tiago Esgaio está castigado (9º cartão amarelo), Weverson, Dabbagh e Vitinho continuam lesionados, e o capitão João Basso, ainda em recuperação, continua em dúvida.
