Emigrante, há 45 anos, nos Estados Unidos, onde vingou como treinador, formador de treinadores, dono dos Rockford Raptors e diretor de um complexo desportivo, Louis Mateus fala num país cada vez mais atrativo e saúda as parcerias existentes entre clubes portugueses e norte-americanos, como a estabelecida entre o Dallas e o Benfica, depois da transferência do avançado internacional croata Petar Musa para os Estados Unidos, durante a última janela do mercado de transferências. «É bom para os dois, além de que é uma oportunidade, porque as pessoas querem viver nos Estados Unidos. Os jogadores também pensam: ‘o que vou fazer depois do futebol?’. Há quatro, cinco, seis anos, olhava para os Estados Unidos e não via experiência, mas vendo jogadores como Messi e outros, depois de Beckham abrir a porta, muitos pensam ‘talvez não seja mau jogar nos Estados Unidos por um ano’. Se não está a jogar na equipa do Benfica, talvez seja uma oportunidade. E agora não são só os jogadores que não jogam», lembrou. A qualidade do jogador norte-americano também foi abordada. «Pensava que na Europa olhavam para os Estados Unidos e diziam ‘sabem jogar mas não são bons jogadores’. Até certo momento podia ser assim, mas agora temos jogadores norte-americanos a jogar em clubes grandes, antes a porta só se abria para um lado. Agora também há jogadores dos Estados Unidos a vir para Portugal, vimos isso no Sporting, no Boavista… essa porta vai continuar a estar aberta para os dois lados», salientou.