A mulher de Miguel Vítor, Tânia Ferreira Vítor, publicou um longo texto nas redes sociais sobre os ataques do Hamas a Israel, dando conta do momento difícil que a família está a atravessar e mostrando-se revoltada pelos muitos inocentes que perderam a vida. Recorde-se que Miguel Vítor, central de 34 anos, está a cumprir a oitava época no futebol israelita, ao serviço do Hapoel Beer Sheva, sendo mesmo internacional pelo país (9 vezes). Leia a mensagem de Tânia Ferreira Vítor: «Estava em casa de uns amigos, em Lisboa, quando acordei com o whatsaap inundado de mensagens. A primeira reacção foi ligar ao Miguel e certificar-me de que estaria bem. Percebi que a situação era grave e sem precedentes quando me disse que o Hamas tinha invadido Israel. Nós vivemos a menos de 40 quilómetros da fronteira com Gaza - acho que esta informação é suficiente para perceberem a minha preocupação... A minha cabeça nunca mais saiu dali, pelo menos até segunda-feira, quando finalmente o pude abraçar. O facto de ter a família reunida trouxe alguma serenidade, mesmos assim estes dias têm sido os piores da nossa vida. É muito duro perceber o olhar triste da Laura e da Leonor que, iriam voltar a Israel na segunda-feira e, na sexta, tinham um acampamento de escuteiros exatamente no mesmo local onde se realizou o festival de música e onde morreram centenas de jovens. Nenhuma criança ou jovem merecia conhecer esta brutalidade e, como mãe, não tenho sido capaz de as proteger da informação que chega como se fosse um filme de terror. Elas estão numa idade em que o whatsaap, a partilha de fotografias e vídeos com os amigos mostra-lhes o pior da humanidade. E tudo isto vai deixar marcas. O meu coração está e estará sempre com Israel e com tantas pessoas amigas a quem podemos chamar de família. Todos os dias temos tido notícias desoladoras: há sempre alguém que perdeu um familiar ou que tem um amigo desaparecido. Muita força a todos. Para terminar: não já justificações para esta matança. Não há desculpas. Um ataque terrorista sem precedentes levado a cabo por um grupo de monstros que só tem um objectivo: exterminar o povo judeu. E, no meio destas atrocidades, ainda conseguiu trazer ainda mais dor e mais perdas para o povo palestiniano que vive refém de um regime ditador e terrorista. Infelizmente, o Hamas nunca trouxe nada de bom para a Palestina. Desengane-se quem pensar o contrário. As minhas orações estão com todas as vítimas inocentes. Que a paz volte o mais rápido possível.»
