Em tarde de chuva intensa no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, Moreirense e Farense protagonizaram um empate a zeros que refletiu a falta de inspiração ofensiva de ambas as equipas. Apesar de algumas ocasiões, o jogo caracterizou-se pelo equilíbrio e pela ausência de momentos verdadeiramente emocionantes. Desde o apito inicial, o Moreirense assumiu as rédeas da partida, apostando num jogo de posse e tentando explorar as alas através de Alanzinho e Gabrielzinho. Contudo, o Farense mostrou-se sólido defensivamente, optando por uma postura mais expectante e aguardando por erros do adversário para explorar contra-ataques. Logo aos 13 minutos, Gabrielzinho protagonizou o primeiro momento de destaque, obrigando Ricardo Velho a uma defesa apertada. A primeira parte prosseguiu sem grandes sobressaltos. O Farense dispôs de uma boa oportunidade aos 17 minutos, quando Cláudio Falcão, após um cruzamento de Pastor, falhou o desvio que poderia ter inaugurado o marcador. Do lado do Moreirense, a melhor ocasião pertenceu a Ismael, que, aos 25 minutos, ficou a centímetros de desviar para o golo ao segundo poste. O regresso para a segunda metade trouxe alguma controvérsia. Aos 50 minutos, Asué colocou a bola na baliza adversária, mas o VAR interveio para anular o lance devido a um fora de jogo milimétrico de Madson na construção da jogada. Minutos depois, o árbitro Sérgio Guelho assinalou grande penalidade a favor do Moreirense, num lance que gerou bastante debate. Após revisão no monitor, o juiz reverteu a decisão, entendendo que o contacto nas costas de Pedro Santos não foi suficiente para justificar o penálti. Até ao apito final, a equipa da casa tentou forçar o golo da vitória, mas esbarrou na boa organização defensiva do Farense e na exibição segura de Ricardo Velho. Marcelo, em duas ocasiões já nos descontos, tentou a sorte de cabeça, mas viu as suas tentativas serem facilmente controladas pelo guardião dos algarvios. Num jogo que careceu de qualidade ofensiva, o nulo parece justo, embora os adeptos saiam com a sensação de que a chuva no relvado foi mais movimentada do que o futebol jogado. No final do encontro, os adeptos do Moreirense mostraram lenços brancos aos jogadores e proferiram insultos dirigidos ao treinador César Peixoto, que não vence há seis jogos. A formação de Moreira de Cónegos, contudo, segue tranquilamento no oitavo lugar do campeonato.