Mourinho puxa dos galões e volta a piscar o olho à Arábia Saudita: «Nunca digas nunca»
Carismático treinador português está sem trabalho desde que foi demitido da Roma, no início de 2024, e garante estar pronto para o regresso aos bancos em 2024/25
Em entrevista ao jornalista Fabrizio Romano, José Mourinho diz estar totalmente pronto para voltar ao ativo na próxima temporada e deixou alguns recados aos críticos do seu trabalho na Roma, de onde foi despedido em janeiro passado.
«Estou pronto para começar um novo capítulo. Normalmente, quando deixas uma equipa precisas de algum tempo para descansar, mas no meu caso estou pronto para recomeçar desde o dia em que deixei a Roma. Sinto-me muito bem, com força, mas não quero fazer a escolha errada. Estamos em março, temos de ser pacientes, mas o meu objetivo é recomeçar no verão», começou por dizer.
«Nos últimos anos cheguei a três finais europeias, uma com o Manchester United (Liga Europa) e duas com a Roma (Liga Europa e Liga Conferência). Sinto muito orgulho por isto, fi-lo num clube sem história na Europa, foi muito especial. Esta época não vou a uma final, mas espero daqui a um ano ser o único treinador no Mundo com três finais nos últimos quatro anos», atirou o português, que não escondeu a insatisfação pela forma como o organigrama do futebol estava organizado no clube italiano.
«A melhor estrutura para um clube é aquela que me permite ser apenas no treinador. Foi o que aconteceu no FC Porto, no Inter, no Real Madrid, na primeira passagem pelo Chelsea… Nas outras vezes não fui apenas treinador e isso torna o trabalho muito difícil.»
Sobre os futuros passos na carreira, José Mourinho voltou a piscar o olho a uma mudança para a Arábia Saudita, país que tem atraído cada vez mais nomes sonantes do futebol mundial. «O Cristiano Ronaldo abriu a porta e já tive uma proposta, muito aliciante a nível económico, mas recusei porque a Roma e o futebol europeu eram mais importantes para mim. No futuro… Nunca digas nunca, mas, neste momento, não vou assinar qualquer contrato porque quero refletir para tomar a melhor decisão.»
E, segundo o próprio treinador, a curto prazo essa «melhor decisão» não passará por trabalhar numa seleção nacional.
«Não tenho a certeza de que terei esse objetivo… Treinar num Mundial ou Europeu é algo muito importante, mas esperar dois anos para jogar essas competições? Não sei… Talvez um dia aceite, mas não tenho a certeza de que vou ser totalmente feliz», rematou.