Morita: «Sinto que este clube é a minha família»
Japonês cumpriu 100.º jogo de leão ao peito no jogo com o Arsenal, revelou sentimento agridoce, por causa da derrota, mas a camisola vai ser colocada na parede de casa
Morita é um dos jogadores do Sporting que granjeia de mais carinho junto dos adeptos. Na passada terça-feira, em Alvalade, diante do Arsenal, na derrota por 1-5, cumpriu o jogo 100 de leaão ao peito.
Em entrevista à televisão do clube, o nipónico foi questionado sobre o que fará com a camisola alusiva à marca redonda: «Vou colocar a camisola na parede em minha casa. Estou muito feliz por estar aqui, infelizmente não consegui festejar o centésimo jogo com uma vitória, mas estou orgulhoso.»
Numa conversa pausada, em que o médio respondeu em inglês, relembrou a sua chegada a Alvalade, no verão de 2022, e as impressões que teve: «Estava muito nervoso. Agora já estou habituado a tudo. O ambiente. As pessoas. Tudo. Quando cheguei no primeiro dia liguei ao [Luís] Neto, disse que não falava muito bem inglês [risos] e ele disse-me para ficar tranquilo que me ajudava.»
Não tenho nenhuma celebração. Estão todos a olhar para mim quando marco, fico muito nervoso
Revelou que gosta de ir às compras, na companhia da família, que também agora Lisboa e falou sobre o seu primeiro golo ao serviço dos verdes e brancos, a 30 de setembro de 2022, na vitória frente ao Gil Vicente (3-1), na 8.ª joranda: «Foi só encostar, foi um golo fácil [frente ao Gil Vicente]. Mas foi o primeiro, por isso foi especial.»
Morita foi desafiado a revelar com quem tem mais afinidade: «É muito difícil… Com o Jer [St. Juste]. Ele ajuda-me sempre, a mim e à minha família. Todos os anos convida-me para o jantar de Natal. Temos uma boa amizade. Também gosto do Esgaio, às vezes brinco com o Pote [Pedro Gonçalves], gosto do Trincão, é um bom rapaz. Gosto de todos [risos].»
Em relação à celebração de golos, em que o japonês é sempre muito contido, eis a justificação: «Não tenho nenhuma celebração. Estão todos a olhar para mim quando marco, fico muito nervoso.»
Falando em recordações, Morita viajou até à festa do título de 2023/2024: «Foi a noite mais especial, mais impactante na minha carreira e na minha vida. Foi muito bom. Muitos adeptos, loucos, à minha frente, cantei uma música [risos]. Foi o meu primeiro título na Europa por isso foi muito especial, nunca vou esquecer.»
No que toca ao futebol português, admite que é «mais intenso, mais rápido, exige mais força. Tudo é diferente». E está preparado para viver mais um jogo especial: «Frente ao Santa Clara. Fiz um golo. É a minha antiga equipa e o próximo jogo é contra eles.»
Emocionado ficou quando respondeu ao que o Sporting significa para si: «Isto não é só um clube. Sinto que este clube é a minha família. Só cá estou há duas épocas e meia, mas sinto-me muito confortável. Todos tentam ajudar-me, portanto, sinto-me muito bem.»
E o que falta atingir? «Mais títulos, o máximo que conseguir», atirou.