Dois jogos, quatro pontos. É este o pecúlio de Moreno Teixeira desde que chegou ao comando técnico do Chaves. Depois do empate (2-2) na estreia, na receção ao Estrela da Amadora, seguiu-se uma vitória (2-0) na deslocação ao reduto do Arouca. O registo é positivo - ainda para mais se levarmos em linha de conta que os transmontanos ainda não tinham pontuado nas primeiras cinco jornadas da Liga -, mas esses acontecimentos já fazer parte do passado e o treinador olha para o presente e para o futuro. O próximo desafio é diante do Gil Vicente, equipa que merece bastantes elogios de Moreno. Tal como, de resto, Vítor Campelos, técnico que esteve duas temporadas e meia no Chaves e que fez regressar o clube ao principal escalão do futebol português. «Estamos conscientes, responsáveis e nada iludidos com a vitória da semana passada. Acho que este é o primeiro passo. Estamos hoje um pouco melhor do que aquilo que estávamos na semana passada, porque encurtámos um pouco o fosso pontual relativamente a outras equipas, mas não deixámos de estar em último. E é com esta pressão, porque, a este nível, terá de haver alguma pressão, que nós preparámos o jogo e que amanhã vamos encarar o Gil Vicente. Será um jogo difícil, diante de um adversário que tem uma equipa técnica extremamente competente, que deixou uma marca muito positiva aqui no Chaves, e que tem um grupo de trabalho interessante. Mas nós, identificados com isso, queremos continuar a pontuar e, se possível, subir alguns lugares na classificação». E se de um lado vai estar um Chaves que ainda não ganhou em casa, do outro estará um Gil Vicente que ainda não triunfou fora de portas. Algo que, na ótica de Moreno, vale o que vale: «Não ligo muito a isso, sinceramente. Não sou treinador de estatísticas. Nós também ainda não tínhamos ganho fora e fomos ganhar a Arouca. Reconheço, isso sim, a qualidade do Gil Vicente e as exibições que tem feito. Nós ainda não ganhámos em casa e queremos ganhar amanhã. É assim que eu preparo os jogos.» E para lutar pelos três pontos, o técnico dos valentes transmontanos pretende entrar em campo com... 12 jogadores. «Contamos o calor da bancada, com o apoio dos nossos adeptos, e não tenho dúvidas de que vai existir, para fazermos um jogo um pouco melhor em termos de qualidade técnica e ganhar. É esse o nosso foco, foi para isso que trabalhámos durante a semana», concluiu. Trio ausente e Jô Batista em dúvida Na preparação do jogo com os gilistas, Moreno tem três certezas: Habib Sylla, Cafú Phete e Rúben Lameiras, todos lesionados, são baixas garantidas. Por outro lado, o técnico dos transmontanos ainda aguarda uma decisão final sobre Jô Batista. O ponta de lança brasileiro - que nas duas partidas orientadas pelo novo técnico flaviense foi sempre a jogo (suplente utilizado diante do Estrela da Amadora e titular frente ao Arouca) só amanhã saberá se pode, ou não, dar o seu contributo à equipa diante da formação minhota.
