A Juventus ganhou o sprint final por Alberto e os leões mudaram a abordagem ao mercado por um lateral-direito que faz falta ao plantel de Rui Borges. A administração do Sporting passou a olhar para o baú das alternativas ao defesa que vai render 15 milhões de euros ao Vitória de Guimarães e Andrés García, do Levante, é um dos nomes de uma lista alargada. Até porque alternativas há também em casa, como Fresneda. A solução pode passar por um dos dois ou até a coabitação. O valor do levantino, porém, também é alto: na casa dos 10 milhões de euros e há mais jogadores referenciados. Em Alvalade estava instituído por Ruben Amorim, há quase cinco anos, o sistema 3x4x3, que se manteve com João Pereira, que substituiu o agora treinador do Manchester United. A chegada de Rui Borges ao comando técnico dos verdes e brancos, no entanto, significou mudança para um 4x4x2, muitas vezes um 4x3x3 a atacar, e passou o plantel leonino a contar com excesso de centrais e défice de laterais. A SAD presidida por Frederico Varandas resolveu ir ao mercado. Lateral-direito era preciso e a escolha recaiu em Alberto Costa, 21 anos, revelação do Vitória de Guimarães. Mas veio a Juventus e levou-o com uma proposta de 15 milhões de euros — 12,5 milhões no imediato e 2,5 em bónus garantidos e com percentagem de futura venda a reverter para os vimaranenses —, superior à que o Brighton já tinha apresentado (12 milhões mais 2 por objetivos) mas tinha visto recusada, porque o defesa-direito queria seguir para Alvalade. Os leões tinham 10 milhões de euros mais 2 milhões em objetivos para o jogador, que recusou os ingleses porque os de Alvalade proporcionavam-lhe passo seguro na carreira mas também ambicioso, a lutar por títulos e jogar Liga dos Campeões. Ora essa vantagem perdeu o Sporting no caso da Juventus, que estava em igualdade no aspeto desportivo mas em vantagem no financeiro. E lá vai hoje Alberto rumo a Turim, com o empresário Miguel Pinho, para assinar contrato de cinco épocas depois dos exames médicos realizados. ALTERNATIVAS NA MESA Sem Alberto, a administração leonina logo passou às alternativas. Andrés García, 21 anos, do Levante, está bem referenciado numa lista alargada de possibilidades. Formado no clube que atualmente joga o segundo escalão espanhol, esta época participou já em 23 jogos, marcou três golos e fez três assistências. Tem contrato com o Levante até junho de 2027 e o passe avaliado em 1,2 milhões de euros pelo site especializado Transfermarkt. Notícias recentes em Espanha deram-no como alvo do Bétis, do Sevilha e do Valência nesta janela do mercado de transferências de inverno — no verão fora apontado a Osasuna e Granada. E o empresário do jogador, Vicente Fores Cornejo, garante-nos que «há muitos clubes importantes interessados» no defesa. Revelação no Levante, clube que pretende regressar ao primeiro escalão de Espanha, começa a ver o preço do passe inflacionado, para valores na ordem dos 10 milhões de euros — ontem também foi noticiado que o Corinthians se interessou mas assustou-se com o preço. E como o emblema de Valência quer muito subir de divisão, pretende manter as principais figuras: aceita vender mas na condição de os jogadores ficarem cedidos até final da época. A SITUAÇÃO DE FRESNEDA Com tudo isto está Fresneda, 20 anos, à espera. O espanhol que os leões contrataram no verão de 2023 ao Valladolid por 9 milhões de euros estava perto de rumar ao Como por empréstimo com opção de compra de 10 milhões mas, assim que se percebeu a possibilidade de Alberto cair, a operação ficou em banho-maria, como o próprio treinador do clube italiano reconheceu ontem. «Fresneda era um jogador que estava muito perto de chegar, mas uma operação da Juventus, na qual o Sporting também está envolvido, complicou as coisas», confessou Cesc Fàbregas — recorde-se que antes, precisamente devido à demora da operação Alberto, o Valência saiu de cena pela cedência do espanhol dos verdes e brancos, que estava prevista nas mesmas condições. Com contrato até 2028 e cláusula de rescisão de 80 milhões de euros, Iván Fresneda nunca se afirmou de leão ao peito mas foi precisamente com Rui Borges que jogou na sua posição de raiz pela primeira vez, na meia-final da Taça da Liga (1-0 ao FC Porto). Rubricou excelente exibição e deixou em aberto a possibilidade de ficar. Uma decisão para tomar nos próximos dias.
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