Sporting «Melhor momento foi chegar ao Sporting, do género: ‘A sério?!’»
Ousmane Diomande chegou ao Sporting a 31 de janeiro, final do mercado. Contratado ao Midtjylland, da Dinamarca, começou a época no Mafra, onde deu nas vistas e chamou a atenção de Rúben Amorim. O central de 19 anos diz que já se sente em casa.
«Tem sido muito bom, estou muito feliz por ter vindo para o Sporting. Foi muito entusiasmante e todos me têm ajudado muito. Este é um bom grupo e já me sinto como em casa. Claro que no início foi difícil com as questões mais táticas, porque é muito diferente daquilo que já fiz. Tive de aprender e continuo a fazê-lo, mas sinto-me muito apoiado também pela equipa técnica e sei que posso continuar a melhorar. Tenho ouvido muito o mister, que me tem ajudado imenso. Além disso, tento olhar muito para jogadores como Coates, [Luís] Neto, Jer[emiah St. Juste], que também me estão a ajudar. Antes de chegar, sabia que o mister acredita muito nos jovens, não tem medo de lhes dar oportunidades, por isso pensei logo que tinha de vir», diz em entrevista ao jornal Sporting.
Chegar a Alvalade é apontado como o melhor momento da sua carreira. «Sem dúvida que foi chegar ao Sporting. Foi do género: ‘A sério?!’ Quando soube do interesse do Sporting perguntei logo se era verdade, porque é uma grande equipa e onde se pode jogar as competições europeias. É um verdadeiro sonho, estou desejoso de jogar mais vezes para deixar os adeptos felizes», confessa.
Um dos maiores momentos de felicidade recente foi a eliminação do Arsenal em Londres, para a Liga Europa: «Era um jogo entusiasmante. Sabíamos que o Arsenal estava muito bem, no aquecimento ouvíamos os adeptos a cantar... Foi algo novo para mim, só pensava: ‘uau!’ Quando o jogo arranca, tento sempre começar com confiança, fazer bem os primeiros passes. Essas primeiras bolas são sempre importantes e acho que joguei com essa confiança depois.»
Diomande nasceu em Abidjan e aos 11 anos integrou a Academia Abobo. Aos 18, apareceu a Europa, mais concretamente a Dinamarca. Ruma então ao Midtjylland em 2021/2022, tendo pela frente grandes mudanças, a começar pela família que ficou para trás. «No início, na Dinamarca, foi difícil, era muito frio (risos). No entanto, deram-me uma família de acolhimento e fazíamos refeições juntos. Era a minha casa e sei que se amanhã quisesse ir lá, ia ser muito bem-recebido, são a minha família dinamarquesa. Ajudaram-me imenso», conta, referindo que também sente falta da comida do seu país, e que fala todos os dias com pais e irmãos.
Questionado sobre como se define como jogador, o costa-marfinense assume tranquilidade ao ter a bola, mesmo sendo central. «Posso dizer que sou um jogador capaz de entregar bons passes, gosto de ter a bola e defensivamente acho que sou bom na antecipação. Gosto muito de fazer bons passes, mas claro, defensivamente, também fico feliz quando faço um bom carrinho (risos). Tenho a consciência, sobretudo, de que tenho muita coisa a melhorar e é isso que procuro fazer», define-se.