1. Mais dois ou três golosO Benfica precisava de ganhar na Áustria por uma diferença de dois golos para continuar nas competições europeias, no caso na Liga Europa. Os encarnados mereceram inteiramente este resultado (3-1) e penso que se marcassem mais dois ou três golos não seria favor nenhum, pois fez, na mina opinião, a melhor exibição da época – equipa muito consistente, pressionante, a trocar bem a bola. Destaque durante todo o jogo para Di María, que voltou aos seus grandes velhos tempos, ao pegar no jogo, fez a equipa jogar para a frente e marcou totalmente a diferença, perante um Salzburgo que nunca teve argumentos para criar mossa na defesa do Benfica, como é evidente teve uma ou outra oportunidade mas Trubin disse sempre presente e o Benfica foi para o intervalo a ganhar por uma diferença de dois golos. É verdade que Rafa marcou o segundo golo mas o Benfica também deve a Rafa o não ter o marcador mais alargado ao intervalo, pois dispôs de várias oportunidades flagrantes de poder finalizar e esteve muito infeliz, tal como tinha acontecido no jogo com o Farense. 2. Mérito de ShmidtRoger Schmidt tem muito mérito nesta vitória porque estava à procura duma equipa-tipo, que jogasse bem, ganhasse e tivesse um nível de jogo mais parecido com o praticado na época passada e o certo é que o Benfica teve esse nível de jogo com o Farense, pecando muito na finalização. Aí já dava sinais de que a equipa estava a retomar ao bom futebol sendo muito mais competitivo do que até então e repetiu praticamente o mesmo onze neste jogo na Áustria, trocando só António Silva por Tomás Araújo – este menino fez uma boa estreia, mostrando que está ali um bom valor português, central a jogar num grande clube como o Benfica. Mas, no seu conjunto, o Benfica fez um jogo muito bom e só foi pena não ter marcado mais golos, ficando essa lacuna. Se não fosse essa pecha da finalização, sairia da Áustria com um resultado volumoso e fica essa sensação de que a águia está a crescer, voltando aos seus velhos tempos e o treinador alemão ganhou uma equipa, com aqueles que, provavelmente, serão as escolhas para cada jogo. Talvez António Silva possa reentrar mas de resto é a equipa que jogou estes últimos dois jogos. 3. Mudar sempre para melhorNas substituições o treinador alemão também esteve muito bem, pois quando teve de alterar algumas coisa mudou para melhor. Por vezes Roger Schmidt tem sido alvo de algumas críticas mas desta vez também é justo dizer-se que desta vez foi um treinador que ajudou muito a equipa a jogar, a ganhar a e ter outro nível que parece estar a retomar. Arthur Cabral entrou e marcou num grande gesto técnico e estão feitas as pazes. Boas notícias para o Benfica, que continua para a Liga Europa. Cedo ficou fora da Champions mas tem uma oportunidade na Liga Europa de continuar a marcar a sua presença e vamos ver até que ponto o Benfica vai chegar. Parabéns ao Benfica, parabéns ao também ao SC Braga que também passa para a Liga Europa e claramente são duas equipas que fazem falta em termos de pontuação para o 'ranking' do futebol português, que sairia prejudicado se fossem eliminados. Quero também desejar boa sorte ao FC Porto e ao Sporting para as suas prestações europeias.