P. Ferreira e Santa Clara já não podem sonhar em chegar ao 16.º lugar da classificação da Liga, ocupado pelo Marítimo, após os insulares terem vencido o Vizela por 1-0, na noite desta sexta-feira, em encontro disputado no Estádio do Marítimo, no Funchal, e que abriu a 33.ª e penúltima jornada da competição. Com um golo de Cláudio Winck, aos 90+5', o Marítimo garantiu o 'play- off' frente ao terceiro classificado da Liga 2 (Estrela da Amadora ou Farense, a duas mãos, dias 3 e 11 de junho, primeiro jogo no continente). O P. Ferreira ainda poderá igualar em pontos o Marítimo, no entanto, no primeiro critério de desempate em caso de igualdade pontual, o confronto direto, a vantagem é dos insulares, que venceram os dois jogos diante dos 'castores' (3-1 e 1-0). A vitória e os três pontos para os anfitriões teriam, desde, sabia-se de antemão, sentenciado pacenses e açorianos à despromoção à Liga 2, como queria o técnico dos locais. E o certo é que a equipa orientada por José Gomes dominou e dispôs de inúmeras ocasiões de golo, sem, no entanto, ultrapassar Luiz Felipe, guardião escalado por Manuel Tulipa para a estreia na Liga, no lugar do montenegrino Buntic, habitual titular na equipa minhota. Um domínio mais consentido do que outra coisa, com o Vizela a dividir o jogo, mas, com processos simples, pelas alas e jogo vertical, a alinhar na verdadeira ode ao desperdício ofensivo: Rashid ainda obrigou o guardião dos insulares, Marcelo Carré, a brilhar (7’), antes de Luiz Felipe ser duplamente testado por Vítor Costa (12’, aqui a defender para a trave, e logo, após, com nova defesa, aos 13’). Kiko Bondoso voltou a examinar Marcelo Carré (24’) e Geny Catamo – moçambicano emprestado pelo Sporting ao Marítimo – também não teve a melhor pontaria (41’), com Tomás Silva, nos vizelenses, a mostrar tração traseira (a cortar remate de André Vidigal, aos 37’) e dianteira, com um remate que só a intervenção de Félix Correia impediu que redundasse na vantagem dos visitantes ao intervalo (43’). Uma das duas melhores oportunidade de golo surgiu no início do segundo tempo (47’), com André Vidigal a nem acreditar que ficou isolado, só com Luiz Felipe pela frente… e a rematar à figura. Num jogo aberto, sem espartilhos defensivos, Kiko Bondoso também não teve mira afinada aos 52’, tal como Bruno Xadas, num livre à malha superior (65’) após o VAR alertar o árbitro, Artur Soares Dias, que a falta de Anderson sobre Geny Catamo foi fora da área… A outra grande ocasião que fez levantar as bancadas do recinto maritimista aconteceu aos 66’, quando André Vidigal centrou rasteiro para a zona da marca de penálti e Félix Correia, de primeira, rematou: com Luiz Felipe batido pela velocidade do lance e sem reação, a bola foi ao poste e saiu pela linha de fundo. A partir daí, foi mais com o coração do que com a cabeça que se jogou, embora com a emoção a reinar até ao último apito de Soares Dias... que veio só após Cláudio Winck, aos 90+5, num final dramático e épico, fazer explodir a festa no Funchal, ao apontar o 1-0 quando já poucos o esperariam. Recorde abaixo todas as incidências da partida em que o Marítimo conseguiu, desde já, selar em definitivo o 16.º lugar na classificação final da Liga: