A contas do exercício 2022/2023 da SAD do Marítimo, que vão ser apresentadas esta quinta-feira, vão ter um saldo negativo de mais de 300 mil euros, depois do saldo positivo de 1 milhão e 338 mil euros em 2021/22. É apenas mais um capítulo na crise que o Marítimo atravessa. Já não bastava a convulsão interna entre o presidente e os restantes elementos da direção, com constantes pedidos para que Rui Fontes se demita do cargo, eis que as contas entraram no vermelho, e com números que estão a gerar grande preocupação e indignição entre os sócios do Marítimo. De todos os lados - redes sociais e blogues afetos ao clube, artigos de opinião de maritimistas em vários meios de comunicação social - surgem críticas ferozes à gestão de Rui Fontes desde que este tomou posse, em outubro de 2021, como presidente do clube, posteriormente acumulando com a liderança da SAD. Dos números que estão no relatório e contas, que já é público, e que vão agora ser apresentadas aos acionistas, são seis os pontos que estão gerar maior indignação: (1) As comissões passaram de 20 mil euros para 580 mil. (2) a segurança aumentou 120 por cento (passou de 83 mil euros para 183 mil) (3) Rendas e alugueres passaram de 17 mil euros para 61 mil euros. (4) Os seguros passaram de 623 mil euros para 940 mil. (5) As viagens e estadia aumentaram 380 mil euros pois passaram de 547 mil euros para 930 mil euros. (6) Custos com pessoal aumentaram em mais de 3 milhões. Passaram de 6,9 milhões de euros para 10,02 milhões. O saldo só não é mais negativo tendo em conta que as vendas de André Vidigal para os ingleses do Stoke City (500 mil euros) e de Mosquera para os mexicanos do Juarez (1 milhão e 370 mil euros) foram contabilizadas no exercício de 2022/2023 (tem por base o período compreendido entre 1 de julho de 2022 e 30 de junho de 2023), procedimento que está a gerar grande revolta entre diversos setores de maritimistas, pois estes entendem que tal é uma habilidade de Rui Fontes, visto que as vendas dos dois jogadores aconterecem já em pleno mês de julho, logo apenas deveria entrar no exercício de 2023/2024.
