O Botafogo, que não vencia há cinco jogos, voltou, no domingo, aos triunfos, no primeiro encontro após a saída de Bruno Lage. Depois da vitória diante do Fluminense, por 2-0, Marçal foi confrontado com a demissão do técnico português. «A equipa estava bem direcionada, o Lage chegou, tentou fazer algumas mudanças que percebia que eram importantes, o grupo é bom, tentou corresponder, mas já tinha um ADN. Infelizmente não correu bem, não conseguimos pontuar nos últimos jogos. Felizmente teve que haver esta mudança. O Lúcio Flávio e o Carli [que assumiram a equipa de forma interina] já nos conheciam. Voltámos a fazer o arroz com feijão, o simples dá certo», apontou, em declarações à imprensa brasileira. Tiquinho Soares, que passou em Portugal por Nacional, Vitória de Guimarães e FC Porto, também abordou o assunto. «Deixar bem claro que o grupo do Botafogo está fechado. Estamos todos unidos. Infelizmente com o nosso outro técnico [Bruno Lage] não conseguimos impor o que ele queria. Temos grandes jogadores. Pode vir qualquer treinador, o mais importante é o Botafogo», atirou. Bruno Lage, refira-se, registou cinco vitórias, seis empates e cinco derrotas nos 16 jogos em que esteve no comando do fogão. Foram cerca de três meses no cargo de treinador do fogão, onde chegou para render Luís Castro, que rumou ao Al Nassr, de Cristiano Ronaldo e Otávio. Nesse período, o Botafogo foi afastado da Taça Sul-Americana e viu a distância na liderança do Brasileirão encurtar de 12 para sete pontos. A verdade é que, depois de uma crise de resultados e de ver os perseguidores – destaque para Bragantino (Pedro Caixinha), Grêmio e Palmeiras (Abel Ferreira) –, a aproximarem-se do primeiro lugar do Brasileirão, o Botafogo conseguiu, nesta ronda, aumentar novamente a vantagem na liderança. O emblema do Rio de Janeiro venceu e soma agora 55 pontos, mais nove que o Bragantino, que empatou. Palmeiras e Grêmio saíram derrotados. Faltam 12 jornadas para terminar o Brasileirão.