Estoril «Mantermo-nos na Liga foi mesmo o maior desafio da minha vida»

O treinador do Estoril, Ricardo Soares, não escondeu a sua satisfação pela vitória (2-0) da equipa que orienta, diante do Arouca, no jogo que na noite desta segunda-feira encerrou a 32.ª jornada da Liga, disputado no Estádio António Coimbra da Mota (Estoril, Portugal) e que vale desde já a garantia da permanência na Liga em 2023/24 aos 'canarinhos', que arrumaram matematicamente com a possibilidade de ainda caírem para o 16.º lugar da classificação - ocupado pelo Marítimo - e terem de disputar o 'play off' de manutenção face ao terceiro classificado da Liga 2.

«Foi o meu décimo jogo ao leme da equipa, e por fim missão cumprida! Era realmente um grande desafio. Não esperava consegui-lo neste momento. É um grande trabalho de todos no clube, desde o presidente ao roupeiro, passando pelos jogadores. Destaco os meus jogadores: foram fantásticos, conseguiram dar a volta a uma espiral negativa de resultados: foi um grande grupo que vim encontrar aqui. Depois, realço o apoio do público: tanta gente a apoiar o Estoril! E tenho de elogiar toda a estrutura, o Pedro Alves e o Vasco Varão: todos merecem a minha gratidão, permitiram grandes condições para desempenhar o meu trabalho, e basicamente tranquilidade», disse Ricardo Soares, na celebração da permanência dos ‘canarinhos’, no final do encontro na Amoreira, em declarações à Sport TV.

«Ver o Joãozinho, o capitão de equipa, de lágrimas nos olhos é um sinónimo das dificuldades que o Estoril sentiu esta temporada. Quando pego numa equipa a 12 jornadas do fim, é difícil implementar as nossas ideias. Só com um grande profissionalismo é que consegues dar a volta na Liga quando estás seis ou sete jogos sem ganhar. Não foi por acaso que disse, quando cheguei, que era o maior desafio da minha vida. Foi superado, graças aos jogadores», realçou Ricardo Soares, que esclareceu ter o momento de tensão e ‘mosquitos por cordas’ no relvado já após o apito final ter tido por protagonista o irmão do seu homólogo do Arouca, Armando Evangelista. Filipe Freitas, preparador físico dos arouquenses.

«Seguramente que o meu colega do Arouca já meteu a mão na consciência e percebeu o grande erro que cometeu. Da minha parte, só o perdoo porque sou amigo do Armando Evangelista há muitos anos, joguei com ele na formação, temos uma grande amizade. Seguramente o irmão é igual a ele, foi um ato menos feliz da parte dele. Disse-lhe lá dentro, onde já falámos, ‘percebeste mal’, ele continua a insistir. Eu não quero, na minha carreira, ficar associado a isto», concluiu, lapidar, Ricardo Soares, aliviado por ter alcançado o objetivo proposto da manutenção do Estoril ainda com duas jornadas por cumprir na Liga.