Luis Enrique, que deixou a seleção espanhola depois do Mundial do Catar, respondeu aos críticos da sua passagem pela La Roja. «Sei que os vermes e os abutres aproveitaram o seu segundo de glória. Estou muito satisfeito com a minha passagem pela seleção. Cometemos erros, mas temos de tomar decisões e foi o que eu e a minha equipa técnica fizemos», começou por dizer, em declarações ao SER Deportivos Gijón. O treinador, de 52 anos, descartou a hipótese de suceder a Tite e assumir o comando da seleção brasileira. «Não creio que tenha o perfil ideal para ser selecionador de um país como o Brasil. Ninguém me contactou do Brasil. Gosto dos jogadores de qualidade, mas não sei se seria o melhor para uma seleção desse nível», atirou, piscando o olho à Premier League: «Tenho uma atração especial por Inglaterra e gostaria de lá trabalhar. Também sigo as equipas grandes em Espanha. É uma liga interessante. Claramente, e gostaria de lá trabalhar. Mas não vou para uma equipa qualquer, quero ir para um clube que dispute coisas importantes. Há muitos treinadores de nível mundial que querem ir para a Premier League, por isso não me iludo. Isso não quer dizer que não possa treinar em Espanha», referiu. Luis Enrique, que revelou ter recebido uma oferta de uma seleção desde que está livre no mercado, admitiu que não viu nenhum dos jogos de Espanha, os primeiros desde a sua saída, nesta pausa para as seleções. «Não vi nenhum dos dois. Apanharam-me na África do Sul [completou uma prova de ciclismo de montanha]. Mas tu dás conta que, quando já não estás, as coisas são diferentes. Cada um procura o seu caminho. Há muitos tipos de profissionais e o lógico é que cada um siga o seu caminho», disse ainda.
