No jogo de abertura da 19.ª jornada da Liga, o Arouca recebeu e venceu o Moreirense (1-0), com o único golo da partida a ser apontado por Jason Remeseiro
Jason Remeseiro apontou o golo que deu a vitória aos arouquenses na receção aos minhotos. (Foto: Paulo Novais/LUSA)

Arouca-Moreirense, 1-0 Lobos têm contabilista, cónegos precisam de TOC (crónica)

NACIONAL24.01.202522:58

Arouquenses conquistaram 8 pontos nos últimos quatro jogos. Minhotos já não vencem há seis partidas – além da eliminação da Taça de Portugal. Jason Remeseiro teve arte para decidir

Um, dois, três, quatro. A curva do Arouca tem sido mesmo assim: crescente. Afinal, os comandados de Vasco Seabra pontuam há quatro encontros consecutivos (duas vitórias e dois empates), pelo que os 8 pontos conquistados neste período permitem-lhes respirar bem melhor. Os lobos aprenderam a somar.

Um, dois, três, quatro, cinco, seis. A curva do Moreirense tem sido mesmo assim: decrescente. Afinal, a formação orientada por César Peixoto não vence há seis jogos para a Liga (três empates e três derrotas) – momento a que se junta mais um desaire para a Taça de Portugal, diante do Gil Vicente, nos oitavos de final -, pelo que os (apenas) 3 pontos alcançados nos últimos 18 possíveis quase que apelam a que o emblema de Moreira de Cónegos peça auxílio a um Técnico Oficial de Contas (TOC).

Em pleno inverno, e no coração da Serra da Freita, o frio foi, claro está, um espectador atento deste duelo de abertura da 19.ª jornada da Liga. Ainda assim, os artistas desafiaram as condições atmosféricas – a chuva foi convidada (in)esperada ainda antes do intervalo e pagou bilhete durante praticamente toda a segunda parte – e bateram-se bem. Sem espetacularidade, é um facto, mas com intensidade e abnegação.

Pablo Gozálbez testou a atenção de Kewin, logo a abrir, Alan tirou tinta ao poste direito da baliza de Nico Mantl, pouco depois, Leonardo Buta viu a barra baixar uns centímetros, ato contínuo, Weverson deu brilho a Kewin, na resposta, Alfonso Trezza precisava apenas de uns milímetros a menos para ser feliz, no último suspiro da metade inicial. O nulo prevaleceu.

A vontade manteve-se no virar de página, mas a mira continuava desafinada. Que o digam Dinis Pinto, Henrique Araújo e Madson.

Até que, pelo meio de mais um pingo, Jason Remeseiro aceitou a chá de Taichi Fukui e aqueceu os corações dos adeptos arouquenses.

Os cónegos não tiveram capacidade de reação e prolongaram o jejum. Estão a viver à custa dos juros de uma excelente primeira volta. Os lobos têm tido um 2025 de boas contas e já têm possibilidade de pedir crédito.