Um jogo… um empate. Dois jogos… duas derrotas. Era este o pecúlio de Sporting e Benfica, respetivamente, nesta fase de apuramento de campeão. E ainda não foi ontem que qualquer das equipas se encontrou com o caminho das vitórias. O dérbi começou morno. A intensidade esteve presente desde muito cedo, é um facto, mas a emoção tardou a aparecer em Alcochete. As ameaças de parte a parte não passaram disso mesmo e na primeira parte apenas Francisco Canário deu melodia aos adeptos leoninos: cruzamento de Rafael Mota, saída em falso de Arnas Voitinovicius e o ponta de lança verde e branco, oportuno, desviou para o primeiro golo da tarde em Alcochete. A etapa complementar valeu (realmente) a pena e o Benfica entrou com tudo para tentar dar a volta ao texto. Olívio Tomé obrigou Guilherme Pires a brilhar (49’), sendo que, na recarga, Tiago Freitas, em excelente posição, atirou por cima. Adam Arvelo também deu sinal de vida para o Sporting, mas o remate frontal saiu por cima da barra. Os golos estavam para chegar e… chegaram mesmo. Gonçalo Moreira aproveitou um penálti – braço na bola de David Costa após cruzamento de Olívio Tomé – para devolver a igualdade ao marcador (65’), mas apenas cinco minutos depois os leões voltaram a passar para a frente: Adam Arvelo fletiu da direita para o centro e, ainda de fora da área, rematou forte e colocado, fazendo a bola entrar junto ao ângulo superior direito da baliza contrária. Golaço do extremo espanhol que iniciou a sua formação no Real Madrid. Os encarnados não baixaram os braços e nos instantes finais carregaram em busca do empate. Rodrigo Rêgo (81’) e Kyanno Silva (83’) não conseguiram os seus intentos, ao contrário de Karel Mustmaa, que, de cabeça, disse que sim ao empate. O dérbi foi uma bela jogatana!
