Liga 2: Torreense evita derrota sobre o final... mas pode atrasar-se
Golo de Balanta, já nos descontos, permitiu ao conjunto de Torres Vedras salvar um ponto ante o Felgueiras; resultado pode ser insuficiente para impedir que a concorrência escape e uma ultrapassagem pelo Benfica B e pelo Penafiel
Objetivos diferentes, mas igual necessidade de somar os três pontos em jogo. Assim se perspetivava a manhã para Torreense, envolvido na luta pela subida à Liga, e Felgueiras, apostado em confirmar a manutenção na Liga 2. No final, tiveram de contentar-se com um empate (1-1), alcançado nos últimos instantes pela equipa da casa, com muito suor.
Os visitantes pareciam prestes a segurar a vantagem com um golo solitário muito importante para o objetivo de evitar a despromoção direta, mas o conjunto de Torres Vedras ainda igualou num lance de alguma fortuna que permitiu a Juan Balanta marcar aos 90+3 minutos e, com isso, reduziu perdas. Ainda assim, pode atrasar-se para os restantes concorrentes pelos lugares cimeiros e até pode ser ultrapassado por Benfica B e Penafiel caso estes vençam as respetivas partidas.
O início foi animado, em especial para os visitantes, que com pouco mais de um minuto disputado quase se colocaram na frente do marcador num lance confuso e de persistência no qual João Silva acabaria por atirar ao poste. Pouco depois, aos doze minutos, o Felgueiras viu o seu treinador, Agostinho Bento, receber ordem de expulsão devido a palavras dirigidas à equipa de arbitragem e cinco minutos depois quase perdia um dos seus jogadores, Guilherme Ferreira, igualmente por expulsão.
O VAR reverteria a decisão do juiz Carlos Macedo e o central brasileiro viu amarelo, para alívio do Felgueiras, que permaneceu ativo no jogo e voltou a estar próximo de marcar aos 35’, numa dupla oportunidade para Léo Teixeira, que primeiro atirou para boa defesa de Lucas Paes e, na recarga, atirou por cima.
Na resposta, a melhor ocasião do Torreense em todo o primeiro tempo, com Mathys Jean-Marie a atirar, de primeira, à malha lateral aos 37 minutos, e a dar o mote para uma postura diferente, mais arrojada e ofensiva, impulsionada com uma substituição operada ao intervalo, que motivou mudança tática. Porém, a equipa da casa não conseguiu ser, efetivamente, perigosa e o Felgueiras puniu essa inoperância.
O conjunto visitante foi… Feliz, graças ao extremo que partilha desse nome e que surgiu pela direita a cruzar, com clarividência, Brandão para que este acionasse o marcador aos 69 minutos. O atacante brasileiro desperdiçou uma boa chance para matar o jogo aos 75’ e, a partir daí, o natural assalto do Torreense para inverter a situação de desvantagem em que se encontrava.
O emblema de Torres Vedras remeteu o seu opositor ao seu último reduto – e ainda mais a partir do momento em que perdeu Feliz, expulso – e dispôs de duas boas situações, por Stopira, aos 79’ e, Manuel Pozo, com um remate potente, mas por cima aos 84’.
Já nos descontos, Elie Ahouonon atrapalhou-se no remate e permitiu que o guarda-redes Bruno Pinto segurasse a bola… mas não o triunfo felgueirense já que, aos 90+3’, um cruzamento de Balanta descreveu uma trajetória estranha e só parou no fundo das redes, confirmando o empate final.