Não bastou a vontade dos artistas para elevar a qualidade do jogo numa 1.ª parte que teve 40 minutos pouco cativantes e… 5 de algum empolgamento. Foram os portistas os primeiros a tentar quebrar a apatia que era vivida em campo, ao exercerem uma pressão alta sobre o Leixões, que perante esta estratégia sentiu dificuldades em sair a jogar para o ataque em futebol apoiado. O pressing azul e branco obrigou os matosinhenses a errarem muitos passes nos minutos iniciais, alguns em zona proibida, causando um ou outro calafrio resolvido com segurança por Stefanovic. Quando já muitos pensavam que era preciso o intervalo para refrescar as ideias dos jogadores, no sentido de materializar a vontade que vinham pateteando em futebol atrativo e, sobretudo, em golos, eis que o Leixões acordou nos últimos 5 minutos. Os leixonenses estiveram mais vivos ofensivamente e acima de tudo mais perigosos, conferindo mais emoção à partida. Francisco Meixedo começou a ter trabalho, mas em cima do descanso não impediu que Paulité, em esforço, dentro da pequena área, abrisse o marcador (44'). A 2.ª parte arrancou com o FC Porto por cima dos acontecimentos. A postura atrevida dos dragões seria premiada com o tento do empate, desenhado por Gui Guedes, que numa bela arrancada no flanco direito rematou para grande intervenção de Stefanovic. Na recarga Wendel Silva atira de cabeça ao ferro, com a bola a resvalar para lá da linha de golo, de nada valendo o esforço de um defensor leixonense no alívio. O encontro subiu de nível até final, não só no futebol jogado como, e sobretudo, na emoção. Houve mais perigo junto das balizas, que estiveram sempre bem guardadas. E já na compensação o FC Porto B beneficiou de um penálti duvidoso, a castigar alegada falta sobre Marcus. O lance causou algum tumulto nas bancadas do Mar, com ânimos exaltados, mas Wendel Silva não tremeu e bisou (90+3'). Com o jogo completamente partido o FC Porto deu a machadada final numa jogada de contra ataque concluída por Marcus (90+11').
