O Sporting recebeu o Boavista depois de empate (2-2) que soube a pouco com o Arsenal na Liga Europa e cumpriu a missão a que se propôs, vencendo sem dificuldades e por números que até podem ser considerados escassos para o volume ofensivo que teve, ante pantera com poucas garras, quase inofensiva no ataque. Rúben Amorim não pôde contar com Adán na baliza, oportunidade para Franco Israel assumir a defesa das redes leoninas e estrear-se no Campeonato, numa das cinco alterações promovidas pelo técnico dos leões, que apostou na titularidade de Diomande (por St. Juste), Nuno Santos (por Trincão) e Chermiti (por Paulinho) e, com o regresso de Ugarte após castigo, fez regressar Pote ao trio de ataque, recuando ainda Matheus Reis para o trio defensivo (no lugar de Gonçalo Inácio). Com quase meia equipa com o fôlego renovado, o leão atirou-se à pantera com toda a força desde o primeiro minuto. E acertou nos ferros no primeiro lance da partida, num cruzamento de Morita da esquerda para o primeiro poste que encontrou Chermiti, que cabeceou para defesa de Bracali, que desviou para a barra. Estava feito o primeiro aviso, o segundo veio logo a seguir, num remate de Edwards por cima da barra. Sem tirar o pé do acelerador, sucederam-se os lances ofensivos dos leões: remate de Nuno Santos (9’) ao lado; ação de Bracali (11’) a impedir finalização de Esgaio após cruzamento de trivela de Nuno Santos; oportunidade de golo falhada por Chermiti (13’) na cara de Bracali… Como diz o ditado popular, água mole em pedra dura tanto bate até que fura e acabou mesmo por furar aos 18’, numa obra-prima de Nuno Santos, que após jogada tricotada entre Edwards e Chermiti fez o 1-0 num remate de letra que fica desde já como um dos melhores momentos desta Liga, um momento fenomenal de futebol, para ver e rever na televisão. O Boavista tentou responder ao 1-0, mas foi-lhe difícil suplantar a organização defensiva do Sporting e escapar aos tentáculos de Ugarte para procurar incomodar Israel. Que se limitou a segurar remate de Yusupha aos 32’ numa primeira parte que foi… um descanso. Mas que não terminou sem o Sporting voltar a marcar, desta feita com ajuda involuntária de Salvador Agra, que numa tentativa de intercetar passe atrasado de Nuno Santos no interior da área axadrezada fez carrinho que o levou a rematar a bola para o interior da própria baliza. Com vantagem de dois golos, o Sporting, após o intervalo, procurou desde cedo chegar ao terceiro e viu Esgaio acertar em cheio na barra aos 52’, perante um Boavista que já conseguia esticar com mais critério o jogo depois das duas substituições operadas por Petit no descanso, introduzindo Masa e Bruno Lourenço e retirando Salvador Agra e Ibrahima. Mas não conseguiu importunar Franco Israel e ficou exposto às saídas rápidas do Sporting, que foi pecando na finalização das mesmas, exceção feita aos 90+3, quando Paulinho foi servido da direita por Esgaio para fechar a contagem num 3-0 que, ainda assim, pareceu curto para tantas oportunidades. Veja o resumo: