Largar o borrrego numa Tapadinha
Fábio Ronaldo marcou o primeiro golo do Rio Ave (Foto António Cotrim/Lusa)

Atlético-Rio Ave, 1-3, após prolongamento Largar o borrrego numa Tapadinha

NACIONAL16:48

Rio Ave teve de sofrer imenso para voltar às vitórias fora

O Rio Ave não ganhava fora de portas há 19 meses, mais concretamente desde março de 2023 e consegui-o este sábado, no Estádio da Tapadinha, diante do Atlético, da Liga 3, mas precisou de prolongamento para alcançar o triunfo.

O borrego já estava bem gordo e houve ameaça de continuar a crescer depois do minuto 58, quando Nicola Popovich fez três substituições e os de Alcântara, apostados a voltar aos dias de glória, cresceram muito, isto após Fábio Ronaldo ter colocado o Rio Ave em vantagem na primeira parte.

Nesta fase atrás referida, primeiro aconteceu um penálti a  favor dos da casa que resultou na expulsão de Vrousai mas que Caleb (79’) falhou. Pouco depois, Pedro Pinto empatou e foi o jogo para prolongamento. Os da casa estavam em vantagem e por cima do jogo, até que Aderllan Santos subiu ao vigésimo quinto andar e fez o segundo do Rio Ave. Pouco depois, quando o Atlético estava com dez devido à lesão de Paulinho, foi a vez de Hassan, outra vez na sequência dum canto, fazer o terceiro e sentenciar o jogo.

A história do jogo conta-se com uma primeira parte muito dividida com a equipa de Alcântara a tomar conta dos primeiros minutos de jogo, fruto da ação de Joãozinho e de David Silva que, embora não criando jogadas de perigo, iam colocando a defesa rioavista em sentido. O Atlético apresentava-se num 5x3x2 muito elástico para 4x3x3, com Pipo a ter papel muito importante através da pressão que exercia nos defensores contrários, impedindo uma primeira fase de construção limpa dos primodivisionários. No entanto, aos poucos, o Rio Ave foi reagindo, com Clayton a baixar muitas vezes à linha média para ajudar a ligar o jogo. Entre o minuto 41 e o 45 emoção a rodos, primeiro com Fábio Ronaldo (41) a marcar numa recarga após uma jogada pela direita e depois Joãozinho, na conversão dum livre direto, a obrigar Miszta a uma defesa que até quem atravessava a Ponte 25 de Abril, ali ao lado, a aplaudir. 

Luís Freire não gostou do que viu e mudou duas pedras ao intervalo, mas na segunda parte, o Atlético, empurrado pelo público e pela história de muitos bons momentos na Tapadinha, carregou e foi criando jogadas de perigo, por Balotelli (50’) e Elias (61’), mas a baliza adversária parecia trancada e ninguém sabia da chave. A partir do minuto 58, foi a história que se viu. O Rio Ave matou o borrego; o Atlético caiu com honra.