Apesar do empate sem golos no terreno do Botafogo, Bruno Lage valoriza a conquista de um ponto, ainda que o Palmeiras esteja agora 11 pontos. «A equipa portou-se muito bem. Veio a um estádio difícil, pressionámos sempre que possível, pressionámos alto, procurámos a bola. Essa é a identidade que queremos passar: correr todos juntos, correr como equipa. São 17 jogos sem perder, é um trabalho de equipa e hoje somámos mais um ponto na nossa caminhada», comentou o treiador do Botafogo, que falou depois da estreia de Diego Costa, que entrou aos 74 minutos, partilhando uma história curiosa. «Senti pela experiência dele, e por aquilo que fez em apenas um treino - porque praticamente ontem não treinámos - que ele podia fazer uma boa entrada e fez. É um jogador experiente, que segurou a bola, que tentou ligações. Apesar de ser um homem experiente, não tem de vir imediatamente fazer o que o Tiquinho está a fazer. Ele chegou com um espírito muito bom, eu até quero realçar isso, porque as palavras são essas, ele tem dito que está aqui para ajudar e sabe a grande temporada que o Tiquinho está a fazer. No primeiro dia eles até almoçaram frente a frente e na altura do café, foi o Diego que foi servir o Tiquinho com o café, por isso achei isso curioso, eu não sei se eles conheciam, mas achei curioso estarem frente a frente e o Diego, para além das palavras, ter esse momento. Que ele me perdoe por partilhar coisas internas, mas acho que merece ser partilhado. Ele foi servir o cafezinho ao Tiquinho», notou. «Espero que ele possa servir uma outra vez o Tiquinho [em campo], o Tiquinho a ele, mas neste momento ficamos satisfeitos por ter aceitado o desafio. Destes 20 minutos que ele jogou, vamos começar a aumentar para que ele tenha um rendimento mais sustentado e um volume de jogo maior», explicou ainda. Diego Costa abordou o assunto e o tema de que costuma ser um mau elemento no balneário: «Esse boato que eu sou ruim de vestiário deve ser algo que vem de dirigentes de outros clubes. Em todas as equipas por que passei, o que eu levei foi o carinho de todos. Esse boato, se existir, vem de diretores porque eu cobro melhorias e acaba-se chocando com as pessoas de cima. Sou a pessoa mais fácil de se lidar, sempre tive uma relação positiva com os companheiros. O café? Poderia ser o Tiquinho ou o roupeiro, qualquer pessoa. Na vida estamos para servir. Um ajudando o outro. Foi isso que levei da educação dos meus pais.»