Enquanto a La Liga ferve com o ‘caso Negreira’ (ver notícia associada), Aday Benítez decidiu lançar mais achas na fogueira e denunciar tentativas de corrupção nos tempos em que jogou no segundo escalão do futebol espanhol. «Havia malas, prémios encobertos… a mim, pessoalmente, ofereceram-me e não aceitei. Ofereceram-me 50 mil euros para perder. Era um absurdo aceitar porque nesse ano subíamos à primeira divisão», disse ao programa 'El Bar', da Cadena Ser, o antigo avançado que se retirou em 2021, após sete temporadas consecutivas no Girona. Aday Benítez recuou até à época 2013/14 para recuperar mais tentativas de suborno, denunciando um problema crónico no futebol: «Vivi situações no Tenerife que não pude comprovar porque não era um dos jogadores envolvidos. Na última jornada, já não tínhamos possibilidade de ir ao play-off (de promoção), mas o Gijón sim. Perdemos por 1-3 com golos (pausa)… Não podia provar nada. Mas pareceu-me muito estranho o treinador mudar a equipa. Tinha dito que iam jogar uns jogadores e, depois, foram escolhidos outro para essa partida.» Natural de Sentmenat, na Catalunha, Aday Benítez, de 35 anos, explicou ainda como funciona o processo de viciação de resultados: «Contactam um jogador e criam uma ligação com pessoa de confiança no balneário. Só tens de convencer três, mas é preciso que participem mais jogadores. Contando que compras o guarda-redes, um defesa-central e um avançado, está praticamente assegurado.» Estas declarações já levaram a La Liga a apresentar uma denúncia às autoridades policiais responsáveis pela integridade no desporto.
