«Jota Silva pode ajudar a definir um jogo de grau de dificuldade mais elevado»
João Aroso, ex-adjunto do Vitória de Guimarães, vê o extremo português como uma 'arma' essencial para a tentativa de 'abater' a águia
A BOLA conversou com o ex-adjunto do Vitória de Guimarães, João Aroso, que integrou a equipa técnica de Moreno, sendo que ainda foi o treinador principal na partida, em casa, com o Gil Vicente na 2.ª ronda da Liga, tendo saído com a chegada de Paulo Turra. O professor orientou Jota Silva durante uma temporada e pouco e acredita que o extremo português pode ser fundamental para um triunfo do Vitória perante o Benfica.
«Em jogos grandes, onde podem haver poucas oportunidades, é importante ter eficácia e ele é um jogador que pela eficácia que tem, pode ajudar. É um jogador que se tiver uma oportunidade, pode fazer golo e pode ajudar a definir um jogo de grau de dificuldade mais elevado. Depois, o aspeto mental, onde ele é muito forte, pode ser importante», analisou.
João Aroso deixou ainda mais elogios a um profissional de eleição: «É muito feliz naquilo que faz. Olhava-se para ele, logo pela manhã e via-se um jogador feliz com a sua atividade profissional. Era dos primeiros a chegar. A forma como ele se relacionava com as pessoas do staff., departamento médico, os responsáveis do refeitório, os colegas. Ele passava esta felicidade e boa disposição. Passando essa felicidade e boa disposição. Os responsáveis do refeitório. A forma como ele contactava mostrava que é um jogador que se sente feliz. É um jogador muito empenhado no treino. O que se vê jogo, vê-se no treino. Tem cuidados com o pré-treino (ginásio, alimentação, repouso). É muito dedicado e está voltado para ser um atleta de alto rendimento.»
A temporada de Jota Silva está ser de alto nível, com golos e assistências (dez e seis) e Aroso assume que o avançado pode almejar outros patamares, antecipando um forte assédio no verão:
«Ele tem os pés muito assentes no chão. Recordo-me de ele dizer que ele sentia que precisava de estar algum tempo no clube, jogar com regularidade e de evoluir. Às vezes há jogadores que se precipitam no momento da saída. Há jogadores que às vezes dão o salto para um patamar mais competitivo e depois não conseguem dar uma resposta igual. O Jota tem esse equilíbrio. Esta época, a jogar como ele está a jogar, vai deixá-lo muito mais preparado para jogar numa liga mais competitiva. O jogo dele toda a gente vê. É rápido, forte no ataque à profundidade, tem golo. Mas há algo que tem sido pouco explorado. Ele percebe muito bem o jogo. Percebe as missões que tem de cumprir do ponto de vista técnico estratégico. Entende o jogo a um nível superior.»