O Casa Pia empatou com o Famalicão (1-1), numa partida relativa à 17.ª jornada da Liga e que se realizou ao final da tarde deste domingo, no Estádio Municipal de Rio Maior, mas no final do encontro houve lugar a uma crítica consubstanciada por parte do treinador dos gansos. Na conversa que manteve com os jornalistas, em plena sala de Imprensa do anfiteatro riomaiorense, João Pereira mostrou-se indignado com o facto de o golo dos minhotos ter sido validado. Em causa a bola não estar devidamente parada no momento em que Tom van de Looi cobrou um pontapé livre e que, ato contínuo, Óscar Aranda aproveitou para rematar de longe para o fundo das redes da baliza dos gansos. «Se olharmos para o primeiro golo [o do Famalicão], não me venham dizer que a bola não está a rolar [aquando da marcação do livre]. Ninguém precisa aqui de um engenheiro para perceber que as listas da bola estão a rolar. Qualquer pessoa consegue perceber que a bola está em andamento. Portanto, eu volto a questionar quais é que são as regras nesse sentido. Se temos de empatar ou de perder, que o seja de forma justa. As regras do jogo não foram cumpridas e eu digo-o com toda a frontalidade. Tal como valorizo o trabalho dos jornalistas, também valorizo o da arbitragem. Temos VAR e eu não percebo como foi validado este golo, uma vez que a bola estava em andamento. Eu não sou um treinador perfeito, longe disso, tenho muita coisa para melhorar, até mesmo para promover o futebol português, mas as equipas de arbitragem também têm. Se todos nós construirmos isto em conjunto e tentarmos melhorar o produto do futebol português, valorizando clubes que têm orçamentos menores, aumentamos a competitividade interna e a marca no exterior», assumiu. Relativamente ao encontro propriamente dito e à primeira volta do Casa Pia, João Pereira apresentou as suas perspetivas de satisfação. Mas vai em busca de algo mais: ««Foi um jogo dividido. Uma equipa com mais remates, outra com mais posse de bola, cada uma delas com a sua estratégia, num relvado difícil para ambos os conjuntos. Queríamos a vitória, não conseguimos, mas temos de continuar. Acabamos a primeira volta com um registo de 24 pontos e eu dei os parabéns aos meus jogadores. Estamos contentes com o que estamos a construir e queremos mais. Faço um balanço positivo. Começámos a época com três derrotas consecutivas, é legítimo terem duvidado do projeto e da capacidade da equipa técnica, mas, até ao dia de hoje, os jogadores deram uma prova do que é um processo e uma transformação. Isto não é como começa, é como termina, e nós estamos ainda muito longe de terminar, porque falta meio caminho desta maratona e queremos fazer melhor do que na primeira fase, esse é o objetivo.»
