João Paulo Correia reforça necessidade de banir pirotecnia e reformular regime jurídico das SAD

País João Paulo Correia reforça necessidade de banir pirotecnia e reformular regime jurídico das SAD

NACIONAL28.02.202323:45

João Paulo Correia, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, que visitou o Gil Vicente, esta terça-feira, reforçou a intenção de banir a pirotecnia nos estádios, tendo afirmado tratar-se de «uma matéria que não fez parte do pacote de medidas de combate à violência do Desporto que foi discutido e aprovado na generalidade na passada sexta-feira», salientando acreditar que «em pouco tempo estará nas mãos da Assembleia da República para legislação».

O responsável político recordou que «a proposta que visa criminalizar o uso e posse de pirotécnica no contexto desportivo faz parte de uma alteração a regime jurídico dos explosivos e substâncias perigosa», já aprovada pelo Governo, aguardando, agora, o próximo passo, ou seja «discussão e votação no Parlamento.»

O secretário de Estado da Juventude e do Desporto também aproveitou a ocasião para reforçar o empenho na reforma do regime jurídico das Sociedades Desportivas, que considera «fundamental para a indústria do desporto», pois, como explica, «desde a criação da primeira Sociedade Desportiva, em 1997, já caíram na insolvência mais de 30 por cento das sociedades criadas», pelo que torna-se necessário «um maior equilíbrio entre o clube fundador e o acionista dominante». Sobre este assunto, o governante acrescentou que a nova legislação irá trazer benefícios: «Este setor de atividade será mais atrativo para o bom investidor e investimento, e afastará os que procuram, em Portugal, clubes de futebol, e de outras modalidades, com intenções de desgaste rápido dos investimentos nos clubes. Queremos que esta reforma introduza regras de idoneidade a acionistas qualificados para que haja menos conflitos de interesse. Segundo a nossa proposta, os investidores terão de provar a proveniência do capital e a sua capacidade económica para fazer esse investimento dentro das regras para que haja confiança nos sócios do clube fundador e à comunidade local.»

Para João Paulo Correia, o Gil Vicente «tem mostrado um crescimento sustentado, e os seus responsáveis têm a preocupação de continuar assim, melhorando os resultados desportivos sem perder o seu equilíbrio económico e a sua representatividade no território», reforçando a importância do périplo de visitas a clubes dos campeonatos profissionais pela «grande relevância no seu contributo desportivo e económico para o país», pois «fazem parte desta indústria do desporto, que gera emprego, contribui para o PIB e para as exportações, e, por isso, precisa de ser olhado, não só no plano desportivo, mas também no setor económico e no contributo ao valor reputacional do país».