Ricardo Soares, treinador do Estoril, falou, esta quinta-feira, sobre a evolução de João Félix desde que deixou o Benfica, no verão de 2019. «O João Félix tem um talento natural. É um jogador excelente e penso que no futuro pode ser um dos melhores jogadores do mundo. Em Espanha teve alguns bons jogos, mas tem capacidade para mais e certamente que o vai mostrar no futuro, porque estamos a falar de um jogador com um talento incrível, é fantástico. Quiçá no princípio a adaptação ao Atlético [Madrid] não tenha sido tão rápida como toda a gente esperava, mas não podemos esquecer que foi uma grande transferência, e há um grande peso no valor que pagaram por ele. Mas no futuro vai mostrar que esses milhões foram bem entregues, porque tem muita qualidade», apontou, em entrevista ao Mundo Deportivo. Ricardo Soares deixou ainda uma palavra em relação a Samuel Lino, avançado que o técnico orientou no Gil Vicente e está atualmente cedido pelo Atlético Madrid ao Valência. «O Lino é um rapaz humilde, muito tranquilo, é um bom profissional, sabe escutar e quer aprender. Creio que um jogador que pode encaixar perfeitamente no Atlético Madrid, porque é um jogador que tem compromisso, carácter e talento. Todos sabemos que o Atlético é um clube exigente taticamente, muito forte na transição ofensiva e defensiva, e ele tem esse compromisso e esse rigor. Combinando o talento que tem a experiência que está a adquirir, acho que pode vir a ser um jogador-chave para o Atlético. Ele tem feito bons jogos, tenho assistido, mas tem talento para mais. Numa conversa recente com ele, disse-lhe que pode fazer muito mais. Conheço-o muito bem e sei que tem talento para fazer ainda mais», referiu. Já sobre que treinadores tem como referência: «Destaco José Mourinho pelo impacto que teve nos treinadores portugueses. Os técnicos portugueses devem-lhe muito atualmente, porque nos fez perceber como é difícil ser treinador, que é preciso adquirir uma série de competências e só trabalhando muito e sendo muito profissional, sobretudo com uma sede de conhecimento, qualquer um pode tornar-se um treinador de elite. Também gosto do Pep Guardiola, porque tem uma equipa muito focada também no espetáculo, não só nos resultados desportivos. Por outro lado, destaco também Paulo Fonseca e Carlos Carvalhal pelo mesmo motivo. Carlo Ancelotti pela serenidade e capacidade de liderança, entre outros.»
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