Javi Garcia e o segredo da longevidade de Pepe: «Aqui Benfica e FC Porto não falam muito»

Espanhol que passou por Real Madrid e Manchester City antecipa duelo da Champions e fala de Portugal, dizendo que forma de Pepe é «invejável»

A recente derrota com o Sporting deixou a equipa do Benfica triste, mas Javi Garcia, treinador adjunto de Roger Schmidt, diz que a experiência está a ser muito boa.

«À margem desse resultado negativo, a aventura está a ser fantástica. Quando joguei em Lisboa, a minha mulher e apaixonámo-nos pela cidade e, quando o Benfica entrou em contacto comigo para passar de jogador a treinador adjunto, não hesitei e vim para cá. Estou muito feliz», diz em entrevista ao jornal AS a propósito do Real Madrid-Manchester City para a Liga dos Campeões. Vale recordar que o espanhol jogou nos dois clubes, antes e depois do Benfica (2009/2012).

No Real Madrid jogou também com Pepe e é elogiada a longevidade do central, ainda em campo aos 41 anos. Javi Garcia é questionado sobre se já perguntou a Pepe o que come todas as manhãs para se manter em forma: «Aqui, os de Benfica e FC Porto não falam muito (risos). Como espectador, ver jogadores como ele a render a alto nível é admirável e invejável.»

O Real Madrid-Manchester City e coração nada dividido

Javi Garcia fez a antevisão ao jogo, confessando que o seu coração pende mais para os merengues, mas diz que quando esteve em Manchester, de 2012 a 2014, já ne notavam as sementes do colosso que se seguiria.

«Já estava claro que queriam fazer algo grande e estavam a investir em jogadores de alta qualidade há muito tempo. Já tinham Silva, Aguero, Tévez, Yaya Touré ou Nasri e agora têm jogadores de nível muito alto. Gosto muito de Bernardo Silva, Foden e De Bruyne são diferenciados, mas se tivesse de escolher um, diria Rodrigo, ele é um pilar básico e, se eu tivesse que escolher um jogador para não jogar contra o Real, seria ele. Haaland em baixo de forma? Melhor não confiar nisso. Tem 19 golos e 5 assistências, já sabemos o avançado que é...»

«Cheguei a Madrid ainda criança, aos 14 anos e saí aos 22, isso marcou-me muito. A experiência em Manchester foi linda e permitiu-me realizar o sonho de jogar na Premier League, mas o Real Madrid deu-me tudo. Joguei com Ronaldo Nazário, o meu ídolo, tinha o quarto com posters dele. Mas Zidane foi quem mais me impressionou, grande trabalho a integrar os jovens. Se dissesse que o coração está dividido, estaria a mentir», disse ainda.