Javi García teve de «tomar uma decisão difícil» e vai deixar a equipa técnica do Benfica, como o próprio explicou, esta terça-feira, numa entrevista à BTV, na qual também expressou a intenção de um dia regressar ao clube. «Nas últimas duas épocas, o trabalho no Benfica foi muito, temos de dar 100 % pela nossa equipa e pelo nosso clube. Foram duas épocas muito exigentes, não só no clube... Estou a tirar a minha formação como treinador, tenho a minha família, e a decisão que tive de tomar foi a de que tenho de deixar de fazer parte do staff técnico do Benfica», começou por explicar o espanhol, acrescentando depois: «A razão é a de seguir a minha formação, para estar mais preparado e um dia poder voltar aqui, ao meu clube.» Com uma passagem pelo Benfica, enquanto jogador, entre 2009 e 2012 e regressando depois em 2022 como adjunto, García foi campeão tanto dentro como fora de campo, experiências que percecionou de formas diferentes. «Lembro-me quando fui campeão como jogador, nunca esquecerei. A sentir-me protagonista, foi o meu primeiro título. Depois, como treinador, do outro lado, foi também diferente. Consegui-lo na primeira época também foi uma sensação incrível. Mas como treinador podes desfrutar um pouco mais.» O espanhol agradeceu depois a Roger Schmidt, com quem fez a sua estreia enquanto membro de uma equipa técnica: «Evoluí muito graças aos grandes profissionais que temos cá, ao míster [Roger Schmidt] e ao staff técnico que está com ele. Graças a ele, senti realmente que gosto de ser treinador. Tenho de agradecer muito, o ambiente que nós temos lá dentro é incrível.» «Quando falei com o míster, disse-lhe que sinto muita pena por deixar o staff técnico, porque temos todos uma relação muito boa. Trabalhámos muito bem. Mas tenho de tomar esta decisão, não foi fácil», argumentou. García explicou depois o que deve ser feito para evitar os erros da última época, que terminou sem qualquer título conquistado pelas águias (para além da Supertaça): «O principal, para mim, é fazer agora um reset nesta paragem de férias, foi o que falámos à equipa, e voltar mais fortes. Essa é a mensagem que temos de passar à equipa e aos adeptos.» O espanhol ainda teve palavras de apreço para com o presidente Rui Costa - «É amigo dos seus amigos. O trabalho feito enquanto presidente é muito bom. Se há alguém com mais vontade de ser campeão, esse alguém é Rui Costa» - e, por fim, elogiou os jogadores com que trabalhou. «Desde o primeiro dia, aceitaram muito bem a nossa proposta de jogo. Há duas épocas, quando fomos campeões, [os jogadores] mostraram que este é um estilo de jogo que eles querem e gostam de fazer. E que é o que se vai tentar fazer na próxima época», finalizou.
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