Empresa espanhola Olocip, de Esteban Granero, antigo jogador do Real Madrid, especializada na tecnologia de Inteligência Artificial (IA), tinha antecipado sucesso do avançado grego no Benfica
A Inteligência Artificial (IA) veio para ficar. Controlada e bem utilizada pela nossa, a natural, pode ajudar-nos a resolver muitos dos problemas que enfrentamos no dia a dia, contribuindo para que as vidas que temos que viver sejam, cada vez, de melhor qualidade.
O mundo do futebol não a ignora e já não são poucos os clubes que a ela recorrem, usando-a como uma tecnologia útil para minimizar os riscos quando há que tomar importantes decisões, como, por exemplo, a de contratar novos jogadores.
Não sei se o Benfica, quando resolveu contratar Pavlidis ao AZ Alkmaar, se baseou no que nele viram os seus técnicos ou se estes também se serviram da IA para estar mais seguros do passo que o clube daria. Quem sim o fez foi Esteban Granero, antigo jogador do Real Madrid, que, depois de deixar o ativo, criou uma empresa que utiliza modelos de IA para analisar o rendimento dos jogadores, tendo em conta não tanto o número de ações realizadas, mas sim o seu valor e o impacto que podem vir a ter nas equipas que os pensam contratar.
Poucos dias depois de o Benfica ter anunciado a chegada do avançado grego, Granero informou-me que não tinha dúvidas de que o Benfica acabara de comprar um grande jogador, pondo à disposição todos os dados que levaram a essa conclusão e que serviram para a elaboração do artigo que o nosso jornal então publicou.
Conclusões da empresa de Inteligência Artificial de Esteban Granero, antigo médio do Real Madrid, apontam para «contratação magnífica» por parte do clube da Luz; Gyokeres é o ponta de lança mais valioso
A partir da avaliação de avançados de equipas de mais de 100 competições do mundo inteiro e no pressuposto de que todos eles jogariam no Benfica, Pavlidis seria, em 95 por cento dos casos, melhor que qualquer deles.
Com o mesmo método, mas só tendo em conta que todos os avançados da Liga portuguesa fizessem parte do plantel benfiquista, unicamente Gyokeres, com o índice 100, teria um rendimento mais alto que o de 95 de Pavlidis. Restringindo a comparação apenas aos seus verdadeiros companheiros de equipa, as prestações goleadoras seriam, de longe, superiores às de todos eles.
Em números, a IA calculou que a média de golos de Pavlidis seria, nesta temporada, de 0,56 por desafio, neste momento com os 24 marcados nos 46 jogos que disputou em todas as competições, o indicador global é de 0,52, na Champions fechou com 0,58 e na Liga portuguesa está em 0,5.
Avançado grego fez os primeiros três golos do Benfica ao FC Porto e foi eleito o melhor em campo
Nas assistências de golo, com as 10 feitas até agora está em 0,22 por jogo sendo 0,13 o esperado. Com tudo isto, faltam menos que uma dezena de golos para que os números reais alcancem os calculados, marcá-los no tempo que resta é o grande desafio que agora Pavlidis tem pela frente, se o conseguir, a IA acertará em cheio nas suas previsões, mas o mérito será dele e a alegria dos adeptos benfiquistas, felizes pela confirmação de que têm em casa a um grande goleador.