Hugo Leal elogiou o modo de comunicação de Rúben Amorim, defendendo que lhe agrada essa maneira de estar no futebol. Em entrevista a A BOLA, a poucos dias de lançar o livro Não é sobre futebol(,) estúpido, o antigo médio, treinador e dirigente destacou aquele que foi seu companheiro de equipa no Belenenses, em 2007/08, e que enfrentou também como adversário. – Qual é o seu tipo de dirigente, Pinto da Costa ou André Villas-Boas?– Boa pergunta. Não conheço o tipo de dirigir de André Villas-Boas. Gosto muito da forma como sempre esteve no futebol, a forma positiva como falou. Entre os tipos de comunicação, Rúben Amorim, na realidade, dá 10 a 0 a toda a gente pela perspetiva positiva com que vai abordando as coisas e este é o estilo de posicionamento que eu gostaria de ver no futebol. O Rúben não deixa de ser menos competitivo por isso. É o treinador campeão nacional e tem esta perspetiva de respeito pelos demais. Esse é o tipo de comunicação que eu gostaria de ver. Se André Villas-Boas vem com este registo, bem-vindo. – Em relação a Rúben Amorim: surpreendeu-o ter sido duas vezes campeão no Sporting? Também deveria escrever um livro? – O Rúben Amorim tem uma participação grande neste livro. É autor de uma crónica. Partilha o momento da sua formação, é delicioso duas ou três coisas que ele diz. É um contributo que traz uma mais-valia muito grande ao livro. E relativamente à surpresa, acho que a personalidade que ele tem, ele querer e gostar de fazer à sua maneira. Independentemente daquilo poder ser melhor ou pior, ele acredita, não vai em modas. E a proximidade com os jogadores, mais associado ao discurso positivo, é a fórmula para o sucesso. Com o pouco de sorte que possa ter, o Rúben Amorim vai ser um dos melhores treinadores do mundo, se não o é já, daqueles que melhor trabalho tem feito. Não me surpreende.
