Por mais tranquilo que Bento seja («Quando há jogos, a família fica nervosíssima e ele na boa», diz o pai guarda-redes do Athletico Paranaense), o alvo do Benfica sabe provocar. Herói do Athletico na Copa do Brasil frente ao Botafogo, ao parar, nos penáltis, os tiros de Tiquinho Soares (ex-FC Porto) e Tchê-Tchê, ironizou a torcida alvinegra. «Esse tantinho de foguinhos não deu não», comentou numa notícia sobre um ‘foguetório’ feito por adeptos cariocas em frente ao hotel onde se hospedou o Athletico. Além disso, segundo o site de estatísticas Sofascore, Bento não só defende bem como defende muito. Em duas edições da Taça dos Libertadores realizou 18 jogos. Em oito não sofreu golos. E realizou 69 defesas no total, uma média de quase quatro por partida e de 81% das finalizações dos rivais defendidas, mais do que qualquer concorrente na principal competição do subcontinente sul-americano. Religioso, Bento usa uma citação do Novo Testamento (João 20:29) na apresentação nas redes sociais a propósito das dúvidas do apóstolo São Tomé: «Disse-lhe Jesus: porque me viste, creste? Bem-aventurados os que não viram e creram». Por falar em santidades, é tratado pelos atleticanos como São Bento, por ter nome de santo. Para os benfiquistas, entretanto, antes de nome de santo, ele tem é nome de grande guarda-redes, só lhe falta o Manuel e o Galrinho.
