Hernâni na hora H: a crónica do Moreirense-Arouca

Golo aos 10 minutos decidiu jogo; Arouca tentou reagir, mas ausências pesaram; equipas mais longe, nos mesmos lugares

Sem a pressão de reagir às derrotas da jornada anterior, por gozarem de posição confortável na primeira metade da tabela, Moreirense e Arouca proporcionaram um espetáculo equilibrado e sem grandes ocasiões de golo, sendo o jogo decidido numa jogada de desatenção da defesa visitante aproveitada por Hernâni Infande. A premiar eficácia ofensiva e defensiva dos cónegos, que viram o quinto melhor ataque da Liga (43 golos) ficar em branco.

Os homens da casa entraram em campo determinados em superar a derrota no Bessa, frente ao Boavista, e perante um Arouca que acusou as ausências de David Simão (castigo) e de Rafa Mújica (lesão) acabaram por ver a pressão inicial dar frutos. Hernâni só teve de aproveitar a passividade defensiva do conjunto arouquense para se estrear a marcar pelos cónegos. Dez minutos bastaram para os anfitriões se superiorizarem no marcador, que só não foi dilatado porque João Camacho não estava com pontaria afinada.

O Arouca tentou reagir através de Cristo González, mas o segundo melhor marcador da equipa (14 golos) não foi feliz na hora de tentar o empate: aos 39’ disparou à baliza, a bola sofreu um desvio e acabou aliviada por Kewin Silva junto à barra, fazendo o Moreirense respirar de alívio. O único contratempo para o conjunto da casa antes do intervalo foi mesmo a lesão de Hernâni (45+1’).

No segundo tempo, o Arouca procurou reagir, em certos momentos do jogo conseguiu rondar a área de um Moreirense com bloco mais baixo, mas faltou critério: as melhores oportunidades surgiram numa iniciativa de Weverson que terminou na malha lateral (56’) e num brinde de Carlos Ponck que o estreante bielorrusso Marozau não conseguiu aproveitar (79’).

Sem beliscar os lugares na tabela, o Moreirense (6.º) deixa o Arouca (7.º) a oito pontos, a mesma distância que tem para o Vitória (5.º).