Álex Grimaldo passou do Barcelona B para o Benfica, depois de ter começado carreira no Valência. Agora que brilha, aos 28 anos, no Bayer Leverkusen, depois de 8 épocas em Lisboa, fala em entrevista ao jornal AS sobre nunca ter jogado ‘na elite’ de Espanha. «Neste mercado de verão [em que ia sair do Benfica] houve opções de ir para a Espanha… também para a Premier League e para a Itália. Foi uma decisão por pequenos detalhes (como o telefonema do treinador do Bayer, Xabi Alonso, que explica em notícia associada). Passei muitos anos da minha carreira fora de Espanha, mas ainda me restam muitos outros. Certamente no futuro poderei jogar em Espanha», relata. Depois a pergunta mais feita: E a seleção de Espanha? O que lhe falta? Questões que já se punham quando jogava no Benfica – vale recordar que terminou a última época com 8 golos e 14 assistência em 58 jogos pelos encarnados. «É claro que tenho esse sonho, a seleção nacional é um dos meus objetivos. Tem grandes jogadores e laterais muito bons, mas trabalho para estar lá, para que surja a oportunidade e possa mostrar ao treinador e às pessoas que mereço estar lá.. Estou no meu melhor momento e o ano passado também foi muito bom», apresenta-se, falando mais sobre o selecionador Luis de La Fuente, e referindo que respeita as suas opções:«Ele acompanha todos os jogadores e toma as decisões. Não é fácil porque há milhares de jogadores que poderiam estar lá e é quem tem que decidir. Estou feliz que ele esteja na Seleção cruzei-me com ele na formação. Há laterais esquerdos muito bons. O treinador pode decidir se vai um ou vai outro, e por isso tenho que trabalhar para dificultar as coisas e para que um dia me possa dar aquela oportunidade que procuro.» A Alemanha vai receber o Europeu de 2024, por isso mais especial seria para Grimaldo representar a seleção espanhola no país em que atualmente joga. Ao mesmo tempo, não considera que esteja a ser prejudicado nas escolhas por jogar no estrangeiro, ao contrário Balde, Fran García ou Gayá,«O campeonato espanhol é mais visto em Espanha do que o alemão, é normal. Mas tanto ele quanto a sua equipa olham para todos os jogadores, com certeza. Estou na Bundesliga, jogo num grande clube e somos líderes. Continuo a trabalhar para lhe dificultar as escolhas. Não sei se me beneficia ou me prejudica ter concordado mais ou menos com ele. Ter o Euro na Alemanha é especial, sim. Quero manter esta forma até ao final do ano e poder usufruir de uma oportunidade nesta convocatória, na próxima ou, porque não, no Euro. A oportunidade de estar num torneio como este é grande e vou trabalhar o máximo para tentar alcançá-la.»
