Fernando Cerqueira, um dos vários membros do Conselho Superior do FC Porto, disse, em entrevista à Rádio Renascença, que foi Pinto da Costa, presidente dos dragões, a ‘puxar a corda’ para a retirada da proposta de alteração de estatutos, decisão que, por inerência, levou ao cancelamento da Assembleia Geral Extraordinária. A reunião magna estava agendada para a próxima segunda-feira depois de ter sido suspensa no dia 13 por confrontos entre sócios dentro do pavilhão. «O senhor presidente esteve bem, até para dar a conhecer às pessoas que estão a dizer que ia haver golpada, mas qual golpada? Então se é golpada, fica assim como está, não há golpada nenhuma. Para haver bom senso, o presidente Pinto da Costa é que sugeriu que a proposta fosse retirada e o Conselho, depois, fez uma proposta para introduzir na ordem de trabalhos essa questão. Discutiu-se e retirou-se por unanimidade», explicou ao programa ‘Bola Branca’. Sobre os episódios de violência registados na AG, para os quais André Villas-Boas, presumível candidato às eleições, já pediu punição exemplar, Fernando Cerqueira assumiu que o comportamento não foi o adequado. «O Villas-Boas estava lá? Eu vi lá um ou dois empurrões. Eu não vi lá murros, vi dois ou três empurrões. Mas o Villas-Boas viu ou disseram-lhe? Está a falar porque viu ou porque lhe disseram? Vi um empurrão ou dois, mais nada. Mas eu não consigo ver quem é. Eu também não gostei [do sucedido na Assembleia Geral], porque os sócios do FC Porto devem ter respeito entre eles, de maneira a que todas as pessoas tenham liberdade a dizer aquilo que pensam e a que todas as pessoas tenham direito a votar a favor ou votar contra», concluiu Fernando Cerqueira.