Goleada por 41-1 em jogo de infantis que ninguém queria jogar
Resultado reabre discussão em torno do futebol de formação
O jogo de infantis entre o Gijón Industrial e o Luanco, da 2.ª divisão das Astúrias, que se realizou no sábado, terminou com uma goleada por 41-1 e reabriu o debate em torno da disparidade registada no futebol de formação.
«Era uma partida que não queríamos jogar. Fizemos rotações, jogaram todos, mas não queria jogar», afirmou o treinador dos anfitriões, que saíram vencedores, numa alusão à esmagadora superioridade registada frente ao adversário.
«Tentamos dar aos miúdos o que podemos, mas perderem semana após semana desmoraliza-os», reconheceu, por sua vez, o técnico do Luanco, acrescentando que, apesar de tudo, os jovens jogadores «continuam a treinar com esperança».
Segundo a Marca, o marcador registava já 17 golos a favor do Gijón Industrial aos 40 minutos quando o treinador dos visitantes optou por abdicar de atacar, para não sofrer mais golos, mas sem sucesso, o que o levou a apelar ao árbitro: «Pára isto e acabamos aqui.»
O árbitro terá dado a indicação de que teriam de cumprir-se os 80 minutos, os golos do Gijón Industrial sucederam-se e novo apelo surgiu pelo capitão dos homens da casa, em clara vantagem: «Pára isto, não podemos fazer outra coisa, eles nem querem ter a bola.»
De acordo com o jornal espanhol, o regulamento da federação asturiana indica que em caso de goleadas expressivas a diferença máxima de golos é de cinco, pelo que o resultado oficial deste jogo foi 6-1. Acrescenta a Marca que o Luanco tem, oficialmente, 100 golos sofridos em 19 jogos, apesar dos 366 que encaixou na realidade.