Casa Pia Godwin chegou a número marcante

O dia 8 de novembro de 2013 figura como o mais belo postal da carreira de Saviour Godwin, nessa tarde, em Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos, consagrado como campeão do Mundo sub-17 pela Nigéria ao lado de nomes como Kelechi Iheanacho (Leicester) ou Taiwo Awoniyi (Nottingham Forest).

Passada uma década, o avançado nascido em Jos há 26 anos mantém o estatuto de internacional pelo seu país e assume, agora, um papel de extrema relevância num Casa Pia reerguido. E foi no clube que voltou à Liga mais de 80 anos depois da última participação que viveu, nesta última jornada da Liga, diante do Arouca, outro momento marcante na carreira, o seu jogo 200 em clubes.

Do futebol de rua de J-Town,  como é popularmente conhecida a sua cidade, aos palcos nacionais, o craque dos gansos soube desenhar uma trajetória ascensional, protegido e inspirado pelos conselhos maternos a seguir o seu sonho na Europa. A Bélgica abriu-lhe portas, o Oostende recebeu-o de braços abertos em 2015/2016, uma época antes de protagonizar nova mudança mas sem sair daquele país. No KSV Roeserlare cresceu como homem e jogador, ganhou notoriedade e deixou uma marca bem vincada do seu insuspeito talento.

O Casa Pia passe a ser a sua morada desde o verão de 2020. Depois de ter deixado uma excelente primeira impressão, na segunda temporada foi capaz de elevar ainda mais os seus registos: de 28 jogos, oito golos e cinco assistências passou para 33 jogos, 11 golos e outra mão-cheia de assistências.

Números decisivos numa campanha de promoção ao escalão principal, onde continua a evidenciar imagem de desequilibrador no último terço. Em ano de estreia entre os grandes, o atacante, que tem vínculo até 2024, já celebrou três golos e assinou outras tantas assistências num total de 24 jogos, alguns deles sob o olhar atento de emissários, sobretudo, da Bundesliga.