Christophe Galtier respondeu esta sexta-feira às acusações de episódios de racismo e islamofobia alegadamente ocorridos em 2021, quando era treinador do Nice. O antigo diretor do futebol Julien Fournier terá na altura sublinhado comentários racistas de Galtier, que teria dito que o Nice «não podia ter na equipa tantos jogadores negros e muçulmanos». «Se não comes, não jogas», terá dito ainda Galtier aos jogadores muçulmanos do plantel, a propósito do Ramadão estaria a ter influência no rendimento dos futebolistas e que dessa forma o clube estaria mais longe de vencer partidas. Antes de fazer a antevisão ao jogo do fim de semana com o Lens, Galtier leu um comunicado. «Estou profundamente chocado com os comentários que me atribuem e foram tornados públicos por alguém de forma irresponsável, que me atingem no mais fundo da minha humanidade. Sempre fui criado integrado com várias culturas, educado no respeito pelos outros, seja qual for a sua origem, cor ou religião», leu. «Toda a minha vida adulta foi ditada pela preocupação da partilha e viver bem com os outros, não posso aceitar que o meu nome e o da minha família sejam manchados desta forma», disse, prometendo processos judiciais por difamação. Já em conversa com os jornalistas, Galtier disse que se refugiou no trabalho numa semana «muito difícil»: «Não falei com os jogadores, até recebi muitas mensagens de apoio. Conseguimos preparar o jogo, sim.» «Quando me preparei para ser treinador do PSG, esperava pressões, comentários, análises, críticas, não contava passar por isto. A situação é o que é, tenho de lidar. O mais importante é o meu trabalho e a minha relação com os jogadores», referiu ainda. Minutos antes, o PSG emitiu um comunicado de apoio ao treinador: «Graves acusações foram feitas nos media contra o nosso técnico Christophe Galtier. Christophe respondeu claramente, negando-os com firmeza e anunciando que iria fazer queixa; o clube apoia Christophe Galtier após as inúmeras e inaceitáveis ??ameaças que recebeu e agora quer que a verdade seja apurada pela justiça. O Paris Saint-Germain, a sua administração, os seus jogadores e todos os funcionários não toleram a intolerância dentro e fora do campo. A luta contra o racismo e todas as formas de discriminação é um compromisso fundamental do clube. O PSG não se deixará perturbar por este episódio e todos permanecem totalmente focados no jogo de amanhã.»
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