Não fosse aquele avanço ligeiramente antes de tempo no penálti de Bruma – que teve de ser repetido – e Gabriel Baptista poderia ter saído como herói do Santa Clara. Porque defender um castigo máximo naquela altura do jogo colocaria o ascendente do lado dos açorianos e podia ser o empurrão que faltava para a equipa de Vasco Matos ainda ir em busca de pontos. Sem nada a fazer nos golos, o capitão ainda negou golos ao adversário num par de vezes. Luís Rocha foi o patrão que acompanhou melhor a exibição do guardião, mostrando que os 38 anos do bilhete de identidade são mais-valia e não limitação. Compensa a diminuição da velocidade com posicionamento irrepreensível em quase todos os momentos. Sidney Lima estava a fazer um belo jogo, não só em termos defensivos, mas também a dar muito jeito nas bolas paradas ofensivas, incluindo um livre direto que por pouco não enganou Matheus, mas cometeu um erro na abordagem ao lance com Bruma que valeu o penálti aos arsenalistas. Por falar em erros, já se falou o suficiente de Lucas Soares, certo? O lateral que foi expulso aos 22 minutos por ver dois cartões amarelos por protestos… Sim. Serginho também sai do jogo com uma infelicidade que se revelou fatal, uma vez que foi dele o cabeceamento atrasado (e involuntário?) que isolou Bruma no lance do primeiro golo bracarense. Gabriel Silva, o extremo formado no Palmeiras que cumpre a terceira época no Santa Clara continua a dar provas de crescimento e foi o melhor dos açorianos, a dar muito, muito trabalho à defesa adversária. Foi a velocidade do jogador de 22 a provocar o cartão amarelo a Paulo Oliveira e, provavelmente, a assustar Carlos Carvalhal que tirou o central que mais estava a levar com Gabriel Silva ainda antes do intervalo. Ainda assim, foi Klismahn foi o primeiro a mostrar atrevimento, com dois remates nos primeiros 10 minutos, que deixaram o SC Braga em alerta e foi o sacrificado para fechar o buraco que a expulsão de Lucas Soares criou na equipa.
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