A pesada derrota sofrida diante do Boavista (1-4), na partida da 34.ª e última jornada da Liga, realizada na tarde deste sábado, no Estádio Eng. Manuel Branco Teixeira, em Chaves, não beliscou o sentimento de orgulho de Vítor Campelo pela temporada desenhada pelos flavienses. No final do encontro, o treinador do emblema transmontano reconheceu que a sua equipa não apresentou níveis de produtividade satisfatórios nos primeiros 45 minutos, mas salientou a reação após o intervalo. Depois do golo que permitiu reduzir a desvantagem, Campelos até acreditou na cambalhota no marcador, mas a verdade é que a forma como surgiu o terceiro tento dos boavisteiros (no início da jogada a bola tocou inadvertidamente em Hélder Carvalho, mas o árbitro da AF Santarém não interrompeu o jogo) e, acima de tudo, as expulsões de Guima e de Benny, não permitiram aos da casa inverter o rumo dos acontecimentos. «Não estivemos bem na primeira parte. Corrigimos ao intervalo, reduzimos e sentíamos que estávamos por cima e que até poderíamos virar o resultado. Lance do 1-3? A lei 9 do jogo diz que quando a bola bate no árbitro, a jogada tem de ser interrompida. Eu também errei durante a época, com toda a certeza, e os árbitros também podem errar», começou por dizer Vítor Campelos, em declarações prestadas à Sport TV, durante a flash-interview. Pese embora o amargo pela derrota, o técnico flaviense teve a capacidade intelectual para, naquele momento logo após o final da partida, fazer um balanço da temporada. E nesse ponto, elogios a rodos. «O Chaves terminou em 7.º lugar, foi uma época fantástica. Tivemos períodos difíceis, com muitas lesões, mas os jogadores foram de uma entrega incrível. Isto é mais que uma equipa, é uma família. Não conseguimos bater o recorde de pontos [47, marca conseguida na época 2017/2018, era Luís Castro o treinador dos flavienses], era um objetivo que tínhamos, mas temos de estar muito felizes pelo que fizemos. Foi uma época muito boa, não só pelos resultados, mas também pela qualidade de jogo. Obrigado aos jogadores, aos adeptos e à administração», concluiu Vítor Campelos.