Filipe Martins despede-se do E. Amadora: «Só há estabilidade quando há projeto desportivo»
Filipe Martins (Manuel Fernando Araújo/LUSA)

Filipe Martins despede-se do E. Amadora: «Só há estabilidade quando há projeto desportivo»

NACIONAL24.09.202422:51

Treinador não resistiu à crise de resultados dos amadorenses e foi rendido por José Faria

Oficializada que foi, por parte do Estrela da Amadora, a saída de Filipe Martins do comando técnico, também o treinador, de 46 anos, reagiu ao adeus ao clube que já tinha defendido enquanto jogador. José Faria, como A BOLA já deu conta, é o sucessor, sendo o líder da comissão técnica criada pela SAD liderada por Paulo Lopo.

«No final de maio, a cabeça parou e o coração falou mais alto. Era o Estrela, o meu Estrela, que batia à porta, numa altura em que tinha projetos desportivos bem definidos e com condições financeiras mais vantajosas que me encaminhavam para outros rumos. (...) Tudo o que era racional passou a ser emocional. Apesar de muita gente me alertar e tentar demover da ideia, o sentimento era o mesmo que, em 2009, me levou a voltar a um Estrela da Amadora despromovido à 3.ª divisão, quando muitos lhe voltavam as costas. (...) Aposta na formação, na reformulação do plantel e potenciar jogadores foi aquilo que inicialmente foi proposto.

- Mas, como em qualquer projeto desportivo - mesmo que ele não exista -, há sempre os fatores tempo, resultados e estabilidade. Os resultados não apareceram apesar da evidente evolução da equipa. Mas, sem resultados, é normal que o treinador seja posto em causa. Tudo certo. O tempo foi definido por quem de direito e tudo tem o seu tempo. Estabilidade só existe quando há projeto desportivo. Saio, por isso, de consciência tranquila. (...) O Estrela da Amadora nunca foi, nem será, para mim, uma oportunidade de negócio ou refúgio de carreira, nunca será apenas mais um clube», pode ler-se na longa mensagem de um Filipe Martins visivelmente incomodado e a deixar 'recados' para dentro.

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