A Federação Bielorrussa de Futebol (FBF), presidida desde 23 de março por Nikolay Sherstnyov, retirou na noite de quinta-feira, dia 11 do corrente mês, ao Shakhtyor Soligorsk, que conseguira o título de campeão nacional 2022 – a época, no país, joga-se de março a novembro - no campo, a conquista, considerando o emblema culpado de alegada manipulação de resultados (‘match fixing’). A punição federativa ao Shakhtyor incluiu a retirada de 30 pontos à classificação obtida em 2022 e desde já outros 20 na época do corrente ano, depois de a FBF ter descoberto que dirigentes do clube envolveram-se em apostas com base nos resultados desportivos da equipa e, lê-se na nota divulgada pelo organismo, «ofereceram incentivos financeiros ilegais a outras equipas da Liga». Segundo classificado da Liga-2022, o Energetik-BGU Minsk, assim como outro clube, o Belshina Bobruisk, também foram punidos com perda de pontos pelo alegado envolvimento no esquema de manipulação de resultados. Como resultado, designaram o Bate Borisov para, na vez do Shakhtyor Soligorsk, disputar, pelo país, as pré-eliminatórias da Champions, avançou esta sexta-feira a agência oficial bielorrussa BeITA. A Bielorrússia, aliada da Rússia na invasão da Ucrânia, em curso desde 24 de fevereiro de 2022, tem visto os seus desportistas, nas mais variadas modalidades, excluídos e banidos de provas internacionais, e a credibilidade da verdade desportiva, votado quase ao isolamento (exceção feita ao ténis) sofre, assim, mais uma machadada na nação governada por Alexander Lukashenko, o maior aliado de Vladimir Putin na guerra contra a Ucrânia, condenada pela generalidade e quase todo o mundo ocidental pela violação das fronteiras terrestres soberanas desta nação.