O impacto da derrota frente ao Gil Vicente revelou-se insustentável para Vítor Bruno, que acabou por ser despedido. Um desfecho que surge após um mês de dezembro brilhante, onde foi consagrado como o melhor técnico do mês, e um início de ano profundamente contrastante, marcado por três derrotas e a perda de mais um objetivo, a Taça da Liga, frente ao rival Sporting. Estão, portanto, os problemas resolvidos no FC Porto: quem suceder a Vítor Bruno vai encontrar um balneário renovado e unido, dispensando sucessivas intervenções do presidente a pedir para todos respeitarem os ideais e história de triunfos do FC Porto. Também aqui, na mais alta esfera de poder do clube, a mensagem custou bastante a passar neste mês de janeiro tão negro, a julgar pela atitude em campo (e fora dele) de alguns jogadores com a cabeça no mercado, mas que na realidade não têm o mercado que julgam ter. O diabo está nos detalhes. Uma coisa são quebras de rendimento, absolutamente naturais em atletas de alta competição, outras, diferentes, são quebras de rendimento acompanhadas de um visível ressabiamento que alertam até o mais desatento prospetor dos chamados clubes endinheirados na Europa. Isto e outras distrações, como videojogos. Desenhe-se, então, um arco-íris azul e branco com a mensagem ‘Vai ficar tudo bem’, mas cuidado, porque há problemas que resistem às soluções mais criativas e que podem levar tempo a ser resolvidos. Quem substituir Vítor Bruno terá de fazer um levantamento rápido, mas não apressado, do grupo e descobrir as minas no caminho. Algumas, até já explodiram...