Um esteio entre os postes, guardando as balizas do FC Porto e da Seleção Nacional nos últimos anos, Diogo Costa consolidou o estatuto de especialista a travar grandes penalidades, anteontem, na deslocação (para esquecer) dos comandados de Roberto Martínez a solo dinamarquês, que terminou em derrota para os lusos (0-1). A exibição do guarda-redes portista foi provavelmente o único ponto positivo a tirar da pobre exibição portuguesa em Copenhaga. O guardião de 25 anos voltou a defender um penálti - o segundo esta temporada (negou o golo a Óscar Aranda, do Famalicão) -, além de ter colecionado intervenções de alto nível que mantiveram a baliza da equipa das quinas inviolável até bem perto do fim. Aos 24 minutos no estádio Parken, Diogo Costa parou o disparo de Christian Eriksen da marca dos 11 metros, adivinhando o lado para o qual o médio atirou e voando para impedir que o experiente jogador do Manchester United festejasse. Eriksen foi a 11.ª vítima do guarda-redes de 25 anos, cujas estatísticas no que toca às defesas de grandes penalidades são impressionantes. Com uma taxa de sucesso de 29%, o guardião dos azuis e brancos coloca-se entre a elite do futebol europeu e mundial, superando os registos dos guarda-redes das melhores equipas do top-5 do velho continente. TUDO COMEÇOU FRENTE... AO BENFICA Ao todo, na carreira, o número 99 dos dragões saiu vencedor do duelo com os oponentes que tentavam marcar em 11 ocasiões, tendo sido batido em 27. Depois de ter construído uma reputação como especialista neste momento do jogo nas camadas jovens do FC Porto, a primeira grande penalidade que defendeu como sénior foi na Liga 2, ao serviço da equipa B azul e branca e logo... num clássico. Diante do Benfica B, na época 2017/18, Diogo Costa, na altura com apenas 18 anos, negou o golo a Heriberto Tavares, num encontro que terminaria com vitória portista (3-1). Curiosamente, a segunda defesa aconteceu no jogo imediatamente a seguir, em Barcelos, diante do Gil Vicente (1-0). James Igbekeme foi o jogador dos galos que permitiu a defesa do guardião. Já pela equipa principal dos dragões, o primeiro penálti defendido foi na temporada 2020/21, contra o Nacional, em jogo da Taça de Portugal vencido pela turma de Sérgio Conceição apenas no prolongamento (4-2). Duas épocas depois, fez história na UEFA Champions League, quando se tornou o primeiro guarda-redes a defender três penáltis (dois contra o Bayer Leverkusen e um frente ao Club Brugge) numa edição da prova milionária, feito que alcançou em apenas 22 (!) dias. Ao serviço da Seleção, embora não tenha sido em tempo regulamentar, fica na memória a prestação no desempate por grandes penalidades no último Europeu, no qual defendeu três pontapés da marca dos 11 metros, diante da Eslovénia (0-0, 3-0 após g.p.) e ajudou Portugal a carimbar o acesso aos quartos de final da prova, onde seria eliminado pela França (0-0, 3-5 após g.p.)
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