Um jogador não faz uma equipa, nem uma equipa que lute por objetivos maiores pode estar dependente de uma só referência. Porém, não há dúvida de que Nico González foi o mais recordado pelos adeptos no desafio frente ao Nacional, no qual os dragões falharam o assalto ao primeiro lugar da Liga ao perderem por 2-0. Foi apenas a segunda ausência do espanhol esta época. A primeira ocorreu no jogo europeu contra o Midtjylland, que o FC Porto venceu por 2-0 sem grandes dificuldades. Contudo, a sua ausência faz-se notar, sendo um jogador que, apesar de acumular já 10 cartões amarelos esta temporada, é essencial no equilíbrio da equipa. O regresso de Nico às opções de Vítor Bruno é uma excelente notícia, especialmente num momento em que o FC Porto enfrenta um ciclo complicado de jogos fora de casa. Nas últimas oito saídas, os dragões venceram apenas uma vez (ao Moreirense, por 0-3), empataram dois jogos e perderam os desafios contra a Lazio, Benfica, Moreirense (na Taça de Portugal) e Nacional. O clássico com o Sporting, da meia-final da Taça da Liga, foi, recorde-se, em campo neutro, Leiria. O próximo jogo frente ao Gil Vicente, em Barcelos, será uma oportunidade para inverter esta tendência. Nico González tem demonstrado níveis de confiança elevados e, mesmo nos momentos de maior oscilação da equipa, foi quase sempre o jogador mais esclarecido e influente. Prova disso é a distinção de melhor médio da Liga de dezembro, com 21,50% dos votos. Nesse período, foi titular nos cinco jogos do campeonato, contribuindo para quatro vitórias (Casa Pia, Estrela da Amadora, Moreirense e Boavista) e um empate frente ao Famalicão. A Liga destacou ainda os dois golos marcados por Nico em dezembro, bem como as 11 recuperações de bola realizadas. O espanhol superou a concorrência de Hjulmand, do Sporting (15,56% dos votos), e Manu Silva, do Vitória de Guimarães (10,37%). Até a 10 foi influente Na estratégia portista, Nico já desempenhou com sucesso o papel de número 10, jogando nas costas de Samu, embora esta fórmula tenha sido recentemente abandonada por Vítor Bruno, que tem apostado em Rodrigo Mora para essa posição. Até ao momento, o médio espanhol soma seis golos e cinco assistências em todas as competições da época 2024/2025. Apesar de ter caído para a terceira posição no plantel em termos de minutos jogados (2099), devido à sua ausência contra o Nacional, Nico continua a ser uma peça-chave para o FC Porto. Apenas Galeno (2175 minutos) e Diogo Costa (2190 minutos) o superam neste aspeto. Com os olhos postos no futuro, Vítor Bruno espera que o regresso de Nico González seja um estímulo importante para a equipa reencontrar o caminho das vitórias.