Bernardo Silva falou com o canal desportivo britânico Sky Sports, tendo abordado vários temas: desde a conquista de prémios individuais ao misto de emoções por ter ficado de fora do Euro 2016 por lesão e ao penálti falhado na Liga dos Campeões contra o Real Madrid. Sobre a pressão de competir pelos títulos mais importantes e numa das equipas mais dominadoras na atualidade, Bernado Silva é categórico: «Se gostamos do jogo, queremos jogá-lo bem. E se queremos algo bem feito, sentimos essa responsabilidade. É por isso que se sente pressão. De certa forma, essa pressão é uma coisa boa. É a nossa mente e o nosso corpo a dizer-nos que queremos isto. Cabe-nos tentar controlar essas emoções.» O médio falhou recentemente um penálti contra o Real Madrid, nos quartos de final da Liga dos Campeões. «Nem tudo é bonito e agradável. Por vezes, passamos por momentos maus», diz, recordando esse momento. Ainda assim, o craque do City tenta encarar esses momentos com naturalidade: «Não vou dizer que não me sinto nervoso. Mas tento aceitá-lo. É uma realidade do trabalho, faz parte. O desafio é lidar com esses momentos difíceis. Aceitá-los e continuar a trabalhar. Se fizeres isso, da próxima vez correrá melhor.» Batia. Se tudo corresse bem, faria golo. Mas aceitava bater, sabendo que é uma grande responsabilidade. Aceitava, sem dúvida Bernado Silva recusa atribuir uma magnitude superior ao futebol do que ele realmente merece. «É um jogo, não vais morrer se perderes», afirma, realçando a importância da família para ajudar a lidar com os momentos menos bons: «Quando vou para casa, não importa se ganho, perco ou empato, ver a minha filha é algo que me deixa sempre ansioso. A vida com a minha filha, a minha mulher e os nossos dois cães, aconteça o que acontecer, sabendo que seremos uma boa família, é o que me faz continuar.» Por agora, o foco está em conquistar o Euro 2024. Bernardo Silva elogia o selecionador, Roberto Martínez, frisando que a seleção está «a gostar do tempo que passa com ele» e que «os resultados têm sido muito bons», mas que «agora vem o grande desafio». E se fosse chamado a bater um penálti no desempate em grandes penalidades? «Batia. Se tudo corresse bem, faria golo. Mas aceitava bater, sabendo que é uma grande responsabilidade. Aceitava, sem dúvida.»
